Combustíveis e Bioenergia

Integração energética na América Latina na agenda de Lula

Argentina espera recursos do BNDES para o gasoduto de Vaca Muerta, e Bolívia quer exportar energia elétrica para o Brasil

Integração energética na América Latina na agenda de Lula. Na imagem: Encontro bilateral entre os presidentes da Argentina, Alberto Fernandez, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Cortesia/Casa Rosada)
Encontro bilateral entre os presidentes da Argentina, Alberto Fernandez, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Cortesia/Casa Rosada)

COMECE SEU DIA

APRESENTADA POR 

Logo Repsol Sinopec

Entre em contato
[email protected]

Você vai ver aqui: Argentina e Bolívia esperam agilizar negociações com o Brasil para aumento da oferta de gás e também energia elétrica; Alckmin e Marina Silva tomam posse nos ministérios; MME confirma Jean Paul Prates para o comando da Petrobras. E mais:

Os primeiros encontros bilaterais entre o presidente Lula e líderes políticos de países vizinhos alimentam a expectativa de um retorno do Brasil à pauta da integração energética da América Latina.

— Do lado argentino, a expectativa é o financiamento, pelo BNDES, do segundo trecho do gasoduto Néstor Kirchner, que vai ampliar o escoamento das reservas não-convencionais de Vaca Muerta, em Neuquén. E pode aumentar a exportação de gás para o Sul do Brasil.

— O embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, afirmou, nessa terça (3/1), que tratou do assunto diretamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

— A expectativa do país vizinho é que o financiamento, de US$ 689 milhões, seja sacramentado na visita que Lula pretende fazer à Argentina, para a reunião da Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), entre 23 e 24 de janeiro.

— Segundo Scioli, a pauta com Haddad incluiu também a eventual criação de uma moeda comum do Mercosulg1

O Brasil importa gás da Argentina para atender à UTE Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Há um projeto, que ainda não se viabilizou economicamente, de interligar a Argentina aos estados da região Sul, hoje atendidos apenas pelo Gasbol.

Na Bolívia, a expectativa do presidente Luis Arce é exportar energia elétrica para o Brasil. Os bolivianos negociam um acordo do tipo com a Argentina [ABI]. O país é, hoje, a principal fonte de gás natural importado do Brasil.

— Arce espera que a posse de Lula ajude a explicar como se deu a negociação do oitavo aditivo ao contrato de gás entre Brasil e Bolívia, informa a Reuters. O acordo foi negociado entre Jair Bolsonaro e Jeanine Añez, que acabou presa. O atual governo boliviano afirma que o acordo trouxe perdas econômicas.

A aproximação de Lula com os países vizinhos contrasta com o isolamento diplomático do governo Bolsonaro. Postura que, em 2022, levou a Bolívia a preterir o Brasil, no envio de gás, após fechar acordo para aumentar as exportações à Argentina, presidida pelo progressista Alberto Fernández.

MME oficializa indicação de Jean Paul Prates para a Petrobras Foi o primeiro ato do novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à frente da pasta, segundo o Valor. O nome do senador do PT do Rio Grande do Norte segue para a Casa Civil e, após trâmites, inicia o rito interno na companhia. Toda a transição pode durar 30 dias ou mais.

— Caio Paes de Andrade deixou oficialmente a presidência da estatal nesta quarta (4/1). Com isso, o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen, assume interinamente o comando da companhia, até a eleição e posse de Prates.

Senacon notifica postos por aumento dos combustíveis O Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, informou nas suas redes sociais que mandou notificar os postos de combustível que aumentaram o preço no início deste ano. Segundo ele, a ação “parece coisa orquestrada”.

— “Mais ofícios foram dirigidos às entidades ligadas à distribuição de combustíveis e que contribuem para a formação do preço da gasolina. Se até o final de semana, os preços não voltarem ao patamar anterior, serão convocadas a Brasília para se explicar. Sanções à vista”, publicou no Twitter.

Demanda por combustíveis sob pressão A demanda por combustíveis no Brasil pode sofrer impactos negativos em 2023 por conta da inflação e da política de aperto monetário, segundo relatório da Bloomberg Intelligence publicado nessa terça (3/1). O cenário pode afetar principalmente empresas do setor de distribuição, como Vibra e Ultrapar. Valor

Reação da indústria do etanol à desoneração da gasolina é “oportunista”, diz Renan Filho. “Deveria ter emitido a nota no momento apropriado. Esperou passar a eleição para emitir essa nota. Isso é oportunismo, a meu ver”, comentou o novo ministro dos Transportes, em sua cerimônia de posse.

— O setor de etanol ameaça judicializar; afirma que a MP 1157 é inconstitucional, por não garantir uma tributação mais elevada para a gasolina, em comparação ao etanol.

— A desoneração garantida pela MP dá mais tempo para que Petrobras e governo encontrem uma solução alternativa à atual política de preços da estatal, atrelada ao preço de paridade de importação (PPI).

— Também evita possíveis impactos inflacionários com o retorno da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis.

Menos R$ 25 bi nos cofres públicos Segundo a CNN, esse é o custo da isenção fiscal de impostos federais para os combustíveis estabelecida pela MP 1157.

Geraldo Alckmin e Marina Silva tomam posse nesta quarta (4/1), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula. O vice-presidente vai ocupar o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, enquanto Marina estará à frente do Meio Ambiente.

Governo vai rever MP que tirava regulação de saneamento da ANA A decisão foi tomada após reação negativa do mercado, disse a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, à GloboNews.

— “Vamos fazer uma discussão sobre o marco de saneamento com o setor privado, com as empresas estaduais de saneamento, com todo o setor, para verificar quais os ajustes que o modelo precisa”, disse Miriam.

Novo comando na 3R Petroleum O conselho de administração da petroleira elegeu o diretor Matheus Dias para substituir Ricardo Savini, que presidia a companhia desde sua criação. A mudança faz parte do processo de reestruturação da empresa aprovado por seu conselho, que é presidido por Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras.

GNLink e Tradener juntas em projeto de liquefação no PR As empresas firmaram um memorando de entendimentos para implantar um projeto de liquefação de gás natural no campo de Barra Bonita, no município de Pitanga (PR), para suprir até 100 mil m³/dia e até 5 MWh de energia elétrica, já a partir do último trimestre de 2023. Valor

Galp estende contrato com Gasmig até 2042 A petroleira portuguesa assinou um termo aditivo ao contrato com a distribuidora mineira, ampliando prazos e volumes. Além de alongar o contrato de 2033 para 2042, os volumes vão sair de 450 mil m³/dia em 2023 para 900 mil m³/dia entre 2026 e 2032, caindo progressivamente até 250 mil m³/dia em 2041.

Espírito Santo regulamenta biometano A Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) prevê regulamentar a distribuição do energético no estado em 2023 e avançar nos estudos de políticas de incentivo à instalação de corredores azuis, que garantem a autonomia para abastecimento de veículos movidos a GNV e biometano.

Produção de petróleo cresce 8,5% em novembro de 2022, na comparação anual. Segundo a ANP, foram produzidos 3,095 milhões de barris por dia, em média. Já a produção de gás natural foi de 140,38 milhões de m³/dia, crescimento de 2,8% em relação a novembro de 2021. Valor

Solar atinge 23,9 GW e sobe para 2º lugar em potência no Brasil A fonte ultrapassou por pouco a capacidade instalada em energia eólica no país. Mesmo assim, na oferta de energia, a participação dessas fontes ainda é pequena: 11,6% (eólica) e 4,2% (solar).

Por e-mail, você recebe também a agenda pública das autoridades do setor de energia