Indústria petroquímica lança fundo de US$ 1,5 bilhão para combater poluição com plástico

Iniciativa inclui grandes petroleiras como Chevron, ExxonMobil, Shell e Total

16/01/2019 18:02

Greenpeace’s flagship, the Rainbow Warrior, has been surrounded by giant single-use plastic items in Mediterranean waters. The action seeks to make visible the invisible, and to denounce the problem of plastic pollution in the oceans, especially in the Mediterranean Sea.

Activists placed ten giant objects representing some of the most frequently found items on beaches: two bottles of 12 meters, two glasses of 6 meters and giant straws and bottle caps. A banner of 60 m2, reads #NoPlastic.

Approximately 40% of the demand of plastic in Europe is for plastic packaging, most of it single-use. Also plastic packaging is the most common waste littered in the environment round the world. This action is part of the international campaign “Less plastic, more Mediterranean” in which the flagship of Greenpeace, Rainbow Warrior, is touring the Mediterranean to denounce the huge presence of plastic in the sea and to demand governments in the region to take urgent measures to stop this serious problem. — Greenpeace’s flagship, the Rainbow Warrior, has been surrounded by giant single-use plastic items in Mediterranean waters. The action seeks to make visible the invisible, and to denounce the problem of plastic pollution in the oceans, especially in the Mediterranean Sea. Activists placed ten giant objects representing some of the most frequently found items on beaches: two bottles of 12 meters, two glasses of 6 meters and giant straws and bottle caps. A banner of 60 m2, reads #NoPlastic. Approximately 40% of the demand of plastic in Europe is for plastic packaging, most of it single-use. Also plastic packaging is the most common waste littered in the environment round the world. This action is part of the international campaign “Less plastic, more Mediterranean” in which the flagship of Greenpeace, Rainbow Warrior, is touring the Mediterranean to denounce the huge presence of plastic in the sea and to demand governments in the region to take urgent measures to stop this serious problem.

Empresas do setor petroquímico anunciaram nesta quarta-feira (16/1) investimentos de US$ 1,5 bilhões, pelos próximos cinco anos, para reduzir a quantidade de plástico descartado na natureza, em especial o lixo que contamina oceanos. A iniciativa batizada de Alliance to End Plastic Waste, operar por meio de financiamento de projetos e pesquisas.

“É uma aliança que atravessa toda a cadeia de valor para reunir companhias que produzem plástico, que produzem produtos que usam plástico e aquelas que lidam com plástico depois que é consumido”, afirmou CEO e presidente do conselho da Procter & Gamble, David Taylor, no lançamento do programa.

O financiamento será bancado por 28 companhias, que atuam no setor petroquímico ou de gestão de resíduos, incluindo as grandes petroleiras Chevron (por meio da Chevron Phillips Chemical Company), ExxonMobil, Shell e Total. Outras empresas podem aderir.

Os projetos que serão financiados vão ser enquadrados em quatro eixos: infraestrutura, inovação, educação e despoluição.

Launching the Alliance to End Plastic Waste https://t.co/Q5MIHMgLk8

— Alliance To End Plastic Waste (@EndPlasticWaste) 16 de janeiro de 2019

Pelo comunicado inicial, percebe-se um foco dos idealizados com a despoluição de rios, em especial em regiões com alta densidade populacional e carência de infraestrutura. Identifica-se que é uma situação propícia para o transporte de lixo plástico gerado nas cidades e carregados para os oceanos, onde a gestão dos resíduos é de maior complexidade.

Os primeiros anunciados foram a The Incubator Network, uma aceleradora da Circulate Capital que investe em transformar em negócios sustentáveis projetos de reciclagem e gestão de resíduos com foco na Ásia e Sudeste Asiático; e a na Renew Ocean, projeto da Renewlogy que implementa projetos de coleta e reciclagem de lixo – atualmente, atua no Ganga, na Índia, terceiro maior rio do mundo, onde são despejados 1,2 bilhão de toneladas de plástico por ano.

As fundadoras da aliança são BASF, Berry Global, Braskem, Chevron Phillips Chemical Company LLC, Clariant, Covestro, Dow, DSM, ExxonMobil, Formosa Plastics Corporation USA, Henkel, LyondellBasell, Mitsubishi Chemical Holdings, Mitsui Chemicals, NOVA Chemicals, OxyChem, PolyOne, Procter & Gamble, Reliance Industries, SABIC, Sasol, SUEZ, Shell, SCG Chemicals, Sumitomo Chemical, Total, Veolia, and Versalis (Eni).

Primeiras iniciativas
— Parceria com cidades para desenvolver sistemas de gestão de resíduos em grandes áreas urbanas, onde falta infraestrutura, especialmente em regiões com rios que transportam grandes quantidades de resíduos de plástico o oceano. A ideia é envolver governos locais e partes interessadas, e gerar modelos economicamente sustentáveis que podem ser replicados.

— Financiar The Incubator Network, por meio da Circular Capital, para desenvolver e promover tecnologias, modelos de negócios e empreendedores que impeçam o desperdício de plástico e descarte prejudicial de plástico, inicialmente, com foco no Sudeste Asiático.

— Desenvolvendo uma rede global de informações, open-source (aberta para desenvolvimento de terceiros) com coleta de dados confiável, métricas, padrões e metodologias para ajudar governos, empresas e investidores. Esta frente vai contar com participação de instituições acadêmicas e outras organizações já envolvidas em tipos semelhantes de coleta de dados.

— Programas de capacitação com organizações intergovernamentais, como as Nações Unidas, para treinar funcionários governamentais e líderes comunitários e ajudá-los a identificar soluções.

— Finaciar a Renew Ocean, programa que tem o objetivo de recolher lixo plástico antes de chegar aos oceanos. O trabalho inicial apoiará o projeto Renew Ganga, que também recebeu apoio da National Geographic Society.

Próximos passos
— Desenvolvimento de infraestrutura para coleta e gerenciamento de resíduos e aumento da reciclagem;

— Programas de inovação para dar escala a novas tecnologias que facilitam a reciclagem e a recuperação de plásticos e criam valor plásticos pós-uso;

— Educação e engajamento de governos, empresas e comunidades para mobilizar ações;

— Despoluir áreas com concentração de lixo plástico, particularmente os principais condutores de resíduos, como os rios, que transportam lixo terrestres para o mar.