Ibama abre consulta para modelar licenciamento de eólicas offshore no Brasil

Parque Eólica  Arkona, operada pela Equinor. Foto: Eskil Eriksen/Equnior
Parque Eólica Arkona, operada pela Equinor. Foto: Eskil Eriksen/Equnior

O Ibama abriu consulta pública para receber contribuições para a publicação de Termo de Referência (TR) modelo que vai indicar os caminhos para a elaboração de Estudos de Impacto Ambiental dos projetos de eólicas offshore no país. As contribuições podem ser enviadas ao órgão ambiental até 3 de abril. 

O termo de referência proposto atualmente para análise prevê a inclusão dos aerogeradores; da rede conectora submarina; da subestação marítima;d a rede de transmissão de energia, incluindo seu trecho submarino e seu trecho terrestre subterrâneo, assim como o a linha de transmissão até a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN). 

O ibama indica o termo proposto foi elaborada a partir da experiência com projetos eólicos terrestres e projetos de exploração de petróleo e gás. Também contribuíram as discussões do Workshop Internacional sobre Avaliação de Impactos Ambientais de Complexos Eólicos Offshore, promovido pelo Ibama e pela iniciativa de apoio aos diálogos setoriais da EU-Brasil.

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Eólica Offshore no Brasil 

A newsletter Diálogos da Transição mostrou nesta segunda (6) que a Neoenergia iniciou o licenciamento de três novos projetos para a construção de eólicas offshore no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Juntos, somam 9 GW de capacidade instalada em 600 aerogeradores – maiores projetos em planejamento no país. 

Com os planos, sobem para sete os planos de instalação de eólicas offshore que já iniciaram o licenciamento ambiental no Ibama.

Investimentos em projetos de eólica offshore começam a atrair a atenção de tradicionais produtores de energia, mas também têm despertado interesse de empresas produtoras de petróleo e gás, sobretudo para a redução das emissões de gases do efeito estufa. 

Também nesta segunda, a Equinor anunciou uma nova meta de redução de suas emissões. A empresa pretende chegar em 2050 com a produção de petróleo perto de zero emissões. Para isso, vai eletrificar a produção de petróleo dos campos de Troll e Oseberg e também do Terminal de GNL Hammerfest. 

Em outubro, a empresa já havia anunciado decisão final para investimento no projeto Hywind Tampen, que vai interligar os campos de Gullfaks e Snorre, um investimento estimado em US$ 660 milhões, com turbinas eólicas offshore.  O projeto prevê 11 turbinas com capacidade instalada de 88 MW, que pode suprir 35% da demanda anual das plataformas Snorre A e B e Gullfaks A, B e C.

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