RIO — A Hydro Rein, braço do grupo Norsk Hydro para energias renováveis, e o fundo de investimento verde Green Investment Group (GIG), da Macquarie Asset Management, anunciaram uma joint venture para construir e operar um projeto híbrido de geração de energia eólica e solar no Brasil.
Batizado de Feijão, o complexo terá 586 MW de capacidade, nos estados de Pernambuco e Piauí, e foi estruturado no modelo de autoprodução.
A energia foi negociada, por meio de um contrato de compra de energia de longo prazo (PPA) com a Hydro Paragominas e Alunorte, ambas do grupo Hydro — que tem como meta global reduzir em 30% as emissões de CO₂ até 2030.
O projeto fornecerá energia à mina de bauxita da Hydro Paragominas e também permitirá à refinaria de alumina da Alunorte instalar novas caldeiras elétricas. Ambos os clientes âncoras do empreendimento estão no Pará.
Na primeira fase do projeto, serão investidos US$ 700 milhões na instalação de 80 turbinas eólicas com capacidade combinada de 456 MW. O acordo prevê a opção de desenvolvimento de até 130 MW de geração de energia solar na segunda fase.
A decisão final de investimento para o parque eólico está prevista para o quarto trimestre de 2022, enquanto uma decisão de investimento para o projeto solar será tomada numa fase posterior.
A participação acionária da Hydro Rein, na joint venture, será de 49,9%. O GIG deterá os outros 50,1%.
O grupo Hydro tem se mantido ativo no desenvolvimento de novos projetos de energias renováveis no país.
A Hydro Rein e a Albras (Alumínio Brasileiro S.A., joint venture entre o grupo norueguês Norsk Hydro e a japonesa Naac) fecharam um acordo para compra de participação no complexo solar Boa Sorte (438 MW). O projeto, da Atlas Renewable Energy, está previsto para ser construído em Paracatu (MG).
O complexo deve demandar investimentos de U$$ 320 milhões e fornecerá energia renovável de longo prazo para a Albras — que participará do projeto de autoprodução tanto como consumidora quanto investidora.
Além disso, a Hydro Rein tem acordo com a Scatec e Equinor Renewables, para desenvolvimento do projeto solar de mesmo nome no Rio Grande do Norte. Trata-se de um complexo fotovoltaico com potência outorgada total de 453 MW, no município de Açu.