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Voltalia planeja produção de hidrogênio e metanol verde no Porto de Suape

Empresa assinou memorando de entendimento com o Governo de Pernambuco na quarta (13/12)

OnCorp planeja início da segunda fase da obra de revitalização de Terminal de GNL em Suape em 2024. Na imagem: Vista aérea do Porto de Suape, em Pernambuco, com rede de dutos e embarcações atracadas (Foto: Rafael Medeiros/Divulgação)
Porto de Suape, em Pernambuco (Foto: Rafael Medeiros/Divulgação)

BRASÍLIA — A Voltalia assinou na quarta-feira (13/12) um Memorando de Entendimento (MoU) com o Governo de Pernambuco e o Complexo Industrial Portuário de Suape para cooperação em um projeto de produção de hidrogênio verde e derivados, como amônia verde e e-metanol, em áreas próximas ao porto.

A empresa tem 1,4 GW de potência instalada em plantas solares e eólicas no Brasil e 7 GW de projetos em desenvolvimento, a maior parte no Nordeste.

Segundo o grupo, o foco será tanto nas oportunidades de consumo do mercado interno, quanto para atender a demanda de offtakers internacionais.

A Voltalia é uma das fundadoras da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), que reúne empresas dos setores de energia, tecnologia e agronegócios interessados no desenvolvimento do mercado de hidrogênio no país.

“O fato de o consumo de energia representar mais de 60% dos custos de produção do hidrogênio verde coloca a Voltalia, um dos principais players na geração de energias renováveis, em uma posição estratégica como forte competidora no emergente mercado brasileiro de hidrogênio verde. A nossa empresa aposta no hidrogênio verde como vetor estratégico para acelerar a transição energética.” afirma Robert Klein, CEO da Voltalia.

Hub de Suape

Marcio Guiot, diretor-presidente do Porto de Suape, conta que a intenção do complexo é se posicionar como plataforma de produção e exportação de H2V e derivados, “mirando não apenas nosso projeto de exportação de hidrogênio verde, mas principalmente desenvolver as indústrias do complexo e de Pernambuco”.

O porto, próximo a capital Recife, está no centro da estratégia do estado para atrair investimentos com o carimbo da transição energética.

Em busca das novas cadeias industriais, Pernambuco aposta na demanda por combustíveis sintéticos nas rotas europeias que passam pelo porto, na produção local de biomassa de etanol e no aumento da oferta de gás natural.

O primeiro projeto, contudo, enfrenta um revés: a disputa por uma área no porto levou à abertura de uma arbitragem entre Suape e a Vard Promar, que questionou a contratação para a Qair para construir uma planta de hidrogênio verde (eletrólise) e azul (gás natural com captura de carbono).