A Siemens Energy e a Air Liquide anunciaram esta semana a assinatura de um memorando de entendimento para concentrar suas atividades na criação de projetos de hidrogênio em grande escala industrial. As companhias querem combinar sua experiência em tecnologia de eletrólise e preparar o terreno para a fabricação em massa de eletrolisadores na Europa, especialmente na Alemanha e França.
Em comunicado, a Siemens Energy e a Air Liquide informam que a estratégia será a candidatura conjunta a grandes projetos de financiamento do Green Deal (Acordo Verde) da União Europeia e Projetos Importantes de Interesse Europeu Comum (IPCEI) – patrocinado pelos governos da França e Alemanha, para o hidrogênio.
Acelerar a produção de hidrogênio é vista como essencial para a União Europeia reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, atendendo à demanda crescente por energia e reduzindo custos.
As empresas estão identificando oportunidades de cooperação para projetos de hidrogênio sustentável em grande escala na França, Alemanha e outros países europeus.
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Uma dessas oportunidades é o projeto Air Liquide-H2V Normandy na França, com capacidade de 200 MW, um dos projetos mais ambiciosos da Europa para a produção de hidrogênio a partir de energias renováveis.
“Desenvolver uma economia de hidrogênio sustentável ainda exigirá a alteração de condições estruturais no mercado de energia. Porém, somente por meio de parcerias e colaboração que poderemos moldar esse mercado”, comentou Christian Bruch, CEO da Siemens Energy.
Já Benoît Potier, presidente e CEO da Air Liquide, aponta o hidrogênio como um facilitador da transição energética.
“No contexto de uma aceleração sem precedentes das tecnologias e mercados de hidrogênio na Europa, o momento para aumentar a escala de produção é agora, principalmente na França e na Alemanha”, disse.
Segundo o ministro da Economia alemã, Peter Altmaier, o país está empenhado em apoiar o crescimento do mercado de tecnologias de hidrogênio, trabalhando nos IPCEIs de hidrogênio europeus.
Dentre os financiamentos previstos para a tecnologia na Europa, 7 bilhões de euros vem do France Relance, o plano francês de recuperação econômica pós-pandemia, com metas de descarbonização.
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