RIO — O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) aprovou, nesta quarta (9/10), o projeto da Fortescue para a instalação de uma planta de hidrogênio verde no Setor 2 da ZPE do Complexo do Pecém, no Ceará.
“É um grande marco no avanço do nosso projeto e de toda a indústria”, disse o presidente da Fortescue no Brasil, Luis Viga, à agência eixos.
A companhia recebeu recentemente a Licença de Instalação da autoridade ambiental do Estado do Ceará, a Semace, para que possa iniciar as obras de preparação do terreno até o final do ano.
Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), também ressaltou a importância da aprovação do projeto, destacando o papel que o hidrogênio verde pode ter na produção de bens descarbonizados no Brasil, como o aço verde.
“A boa notícia é que o projeto hoje aprovado da Fortescue, no Porto de Pecém, onde está a ArcelorMittal, é que no futuro o Brasil tem condições de produzir o aço verde a partir da produção de hidrogênio”, disse o secretário.
Investimentos de R$ 17 bilhões
Em julho, a Fortescue chegou à decisão antecipada de investimento (EID, na sigla em inglês) para o projeto. A EID é a etapa que antecede a decisão final de investimento (FID), prevista para 2025, com aporte estimado em R$ 17, 5 bilhões, de acordo com o MDIC.
O projeto espera produzir cerca de 500 toneladas diárias de hidrogênio a partir da eletrólise da água, utilizando 1,2 gigawatts de energia renovável.
Segundo a companhia, ela já vem trabalhando nas definições e ajustes do projeto de engenharia, em cumprimento com as normativas socioambientais e já discute com atuais e possíveis fornecedores detalhes do projeto para para seu desenvolvimento.
O projeto de hidrogênio da Fortescue é um dos onze que já possuem pedido de conexão à rede elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), conforme informações do Ministério de Minas e Energia.