BERLIM – O Porto de Açu, localizado no norte fluminense (RJ) e controlado pela Prumo Logística, anunciou nesta segunda (12/8) o fechamento do primeiro contrato de reserva de área para o hub de hidrogênio do Porto de Açu.
O acordo foi firmado com a empresa norueguesa Fuella, especializada no desenvolvimento e operação de plantas de hidrogênio e amônia verde.
De acordo com Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, a companhia planeja construir uma planta de amônia verde com capacidade de 520 MW, utilizando o processo de eletrólise.
A unidade terá o potencial de produzir 400 mil toneladas de amônia verde por ano, que serão armazenadas e escoadas através do Terminal de Líquidos do Açu (TLA), com foco na exportação.
A Fuella conta com a Allianz, uma das maiores seguradoras do mundo, como um de seus acionistas.
A empresa vem trabalhando na identificação de locais de produção ideais de amônia verde, que reúnam acesso a eletricidade renovável, capacidades de rede robustas e rotas de transporte.
Descarbonização da indústria
O CEO da Prumo destacou a importância desse projeto para setores industriais que enfrentam desafios para reduzir suas emissões de carbono, conhecidos como “hard-to-abate“.
Entre os setores prioritários estão a indústria do aço, a cadeia de fertilizantes e a produção de combustíveis limpos como metanol e SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês).
“Esses segmentos hard-to-abate vão precisar inexoravelmente de soluções específicas como o uso de hidrogênio de baixo carbono”, afirmou Zampronha durante um evento da companhia em São Paulo.
O Porto do Açu já havia obtido, recentemente, a licença ambiental para a instalação do hub de hidrogênio de baixo carbono em uma área de 1 milhão de metros quadrados, o que foi um passo crucial para viabilizar o empreendimento.
Além disso, em junho deste ano, a Prumo assinou um memorando de entendimento com a Eletrobras para avaliar a viabilidade de projetos de produção de hidrogênio renovável e seus derivados.
Esse acordo abrange não só a viabilidade técnica, ambiental e financeira da planta, mas também a possibilidade de utilizar recursos para pesquisa e desenvolvimento ou financiamentos públicos e privados que incentivem projetos relacionados.
Cobrimos por aqui: