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Petrobras prevê mais refino, térmicas e FPSOs eletrificados

Novo plano de negócios da empresa lista projetos maduros e em avaliação econômica, o que inclui eólicas offshore e hidrogênio

Petrobras prevê mais refino, térmicas a gás e FPSOs eletrificados. Na imagem: tanques da Refinaria Henrique Lage – Revap (Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras)
Embora foque em E&P, novo plano de negócios da Petrobras menciona projetos de aumento de capacidade no refino, como da Rnest, em Pernambuco, e a construção do segundo trem da unidade (Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras)

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Você vai ver aqui: plano de negócios 2023-2027 da petroleira prevê US$ 78 bilhões em investimentos, mas PT quer mais; comissão da Câmara rejeita proposta de fim da Lei do Repetro; projeto de lei da micro e mini GD ganha emenda para PCHs. E mais:

Ao divulgar seu novo plano de negócios, a Petrobras listou uma série de projetos ainda em avaliação econômica ou já maduros, mas que devem sair do papel apenas depois do horizonte atual de investimentos planejados, que vai até 2027.

— São projetos na gaveta, que poderão ser desenvolvidos no próximo governo. Estão lá novas unidades e aportes em refinarias existentes; geração térmica a gás; oleodutos, terminais e gasodutos offshore; e novos modelos de FPSOs, 100% eletrificados.

No gás, um destaque é a térmica a gás natural no polo Gaslub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ), onde vai chegar o Rota 3, com gás do pré-sal, a partir de 2024, no cronograma vigente.

— E a menção à estratégia de substituição de térmicas a gás antigas e a óleo pela geração a gás natural de mais alta eficiência, o que passa por uma pequena redução na capacidade de geração.

Para o refino, há diversos projetos de aumento de capacidade, por exemplo da Rnest, em Pernambuco, e a construção do segundo trem da unidade — também sob análise de viabilidade. A Petrobras tentou, sem sucesso, vender a refinaria.

— Lista também terminais, oleodutos, novas unidades em refinarias existentes e as plantas de biorrefino para entregar, primeiro, o diesel com parcela renovável de 5% (R5) e, no futuro, diesel verde (R100) e bioQAV.

Os FPSOs são firmes. Prevê a contratação de duas plataformas 100% eletrificadas e com sistema para evitar a queima de gás ventilado de rotina, um dos desafios da descarbonização da produção global de óleo.

— São as plataformas Atapu 2 e Sépia 2, que, pela previsão, serão unidades próprias para os campos do pré-sal da Bacia de Santos e entrada em operação pós-2027. Há US$ 3 bilhões no orçamento para as licitações.

Constam até mesmo eólicas offshore e produção de hidrogênio, ainda como áreas selecionadas para aprofundamento de estudos. No plano, o foco da descarbonização segue em produzir e refinar mais, com menos emissões relativas. São US$ 4,4 bilhões na linha de clima.

— A marca da direção que a companhia tomou até aqui foi investir na produção de óleo, com destaque para campos de alta rentabilidade do pré-sal, além da venda de ativos. Valor

— Isto é, sem diluir capital e esforços com geração de energia renovável, por exemplo. Isso gerou críticas de que a companhia não estaria diversificando o portfólio de suprimento de energia, como suas concorrentes internacionais (que mantém planos de produção de óleo).

— Até agora, Equinor, Shell e TotalEnergies, já demonstraram interesse em eólicas offshore no Brasil, por exemplo.

O PT fala em ampliar os investimentos em refino da estatal, para buscar a autossuficiência nacional no abastecimento e ampliar o portfólio de fontes de energia. São negócios de menor retorno, que sofrem resistência do mercado financeiro.

Reman é vendida A Petrobras ainda anunciou a conclusão da venda da Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus (AM), e seus ativos logísticos, para a Ream Participações, que pagou US$ 257,2 milhões. O valor se soma aos US$ 28,4 milhões pagos na assinatura do contrato, que ainda prevê um ajuste final do preço, a ser apurado nos próximos meses.

Comissão da Câmara rejeita projeto contra a Lei do Repetro A Comissão de Minas e Energia (CME) acolheu relatório do deputado Christino Aureo (PP/RJ) e rejeitou nessa quarta (30/11) o projeto de lei do deputado Alessandro Molon (PSB/RJ) que pretendia revogar a Lei do Repetro, sancionada pelo ex-presidente Michel Temer, em 2018.

— O PL de Molon alega que a legislação estabeleceu privilégios para a indústria do petróleo sem contrapartidas e que haveria renúncia fiscal de R$ 1 trilhão.

Independentes vão investir US$ 10 bi em projetos comprados da Petrobras Valor será aplicado até 2027 e deve fazer esses ativos atingirem pico de 485 mil barris de petróleo por dia em cinco anos, segundo relatório da Wood Mackenzie divulgado nessa quarta (30/11).

— O estudo considerou os projetos de produção de 3R Petroleum, BW Energy, Enauta, Eneva, Grupo Cobra, Karoon Energy, Origem Energia, Perenco, PetroReconcavo, PRIO, Seacrest Capital e Trident Energy.

Área em Santos tem estrutura similar à descoberta da ExxonMobil na Guiana O bloco Ametista, na Bacia de Santos,  que está na oferta permanente de áreas de partilha da produção da ANP, tem estrutura geológica similar a Ranger, sexta descoberta feita pela ExxonMobil, no bloco Stabroek, na Guiana. O poço pioneiro encontrou aproximadamente 70 metros de reservatório de carbonato de alta qualidade.

O Brent para fevereiro operava em alta de 0,64%, a US$ 87,53 o barril, nesta manhã. Ontem, a referência subiu 2,4% no último dia de negociações do contrato para janeiro, fechando a US$ 85,43 o barril, com sinais de oferta mais restrita, dólar mais fraco e otimismo quanto à recuperação da demanda chinesa. Reuters

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PL da micro e mini GD inclui “jabuti” para PCHs Emenda ao projeto de lei 2703/2022, do deputado Celso Russomanno (Republicanos/SP), que adia para janeiro de 2024 o fim da cobrança de Tusd para micro e minigeração distribuída, propõe isentar pequenas centrais hidrelétricas do pagamento de encargos e custos com linhas de transmissão.

— A emenda, do deputado Beto Pereira (PSDB/MG), mexe na obrigatoriedade de instalar 8 mil MW térmicos a gás natural, prevista na lei de privatização da Eletrobras. A ideia é reduzir a cota de térmicas previstas para o Centro-Oeste, de 2,5 mil MW, que passaria a ter 1,5 mil MW de PCHs e o restante (1.000 MW) de termelétricas a gás natural. Estadão

Pacto setorial para reduzir tarifas elétricas O coordenador de energia da equipe de transição do governo Lula, Mauricio Tolmasquim, defendeu um pacto entre os agentes do setor elétrico para a adoção de medidas estruturais de redução das tarifas. Tolmasquim aponta como causas do crescimento do custo da energia nos últimos anos a concessão crescente de subsídios e a formação de reservas de mercado por nichos. Valor

Câmara aprova MP que permite setor privado explorar minérios nucleares O texto, que acaba com o monopólio da INB, teve apoio do PL do atual presidente Jair Bolsonaro e do PT do futuro presidente Lula. Agora, vai para o Senado, onde deve ser votado até 9 de dezembro para não caducar.

— O relator, deputado Vicentinho Júnior (PP/TO), incluiu emendas estranhas ao conteúdo original da MP, com impacto no setor elétrico. Uma delas adia de 2023 para 2026 a exigência de que as distribuidoras de energia invistam 1% de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento e em programas de eficiência energética. Valor

Ibama corre risco de paralisação total, após o governo de Jair Bolsonaro (PL) determinar um bloqueio de R$ 90 milhões no Ministério do Meio Ambiente. Em ofício, ao qual o Valor teve acesso, o presidente do órgão, Eduardo Bim, diz que o bloqueio afetará as funções do Ibama já neste final de ano, inclusive para atividades já realizadas, mas ainda não pagas.

Tupy conclui aquisição da MWM Com o negócio, a empresa entra no mercado de geradores elétricos para o agronegócio e outras aplicações. A Tupy pretende adaptar geradores ao uso de biogás, biometano, biodiesel, gás natural e hidrogênio, bem como converter veículos comerciais para uso destes combustíveis. Reuters

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