RIO – A companhia norueguesa Höegh LNG, que atua na operação de terminais de importação de gás natural liquefeito (GNL), anunciou nesta segunda (16/9) a mudança de nome para Höegh Evi, após expandir seus negócios para os mercados de hidrogênio e captura e armazenamento de carbono (CCS).
O novo nome, Höegh Evi, é uma referência à sigla em inglês para “infraestrutura de vetores energéticos” (Energy Vector Infrastructure).
“Em um mundo de mudanças rápidas e crescentes necessidades de energia, os clientes precisam de um parceiro que os ajude a equilibrar as demandas de segurança energética de hoje com as ambições de energia limpa de amanhã”, afirmou Erik Nyheim, CEO da empresa.
A companhia tem uma frota de unidades flutuantes de armazenamento e regaseificação (FSRUs) e transportadores de GNL distribuída por países como Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Egito.
No Brasil, é responsável pela FSRU do Terminal de Regaseificação de GNL de São Paulo (TRSP), no Porto de Santos, operado pela Compass.
Recentemente, a empresa vem apostando no desenvolvimento de soluções para importação de amônia e hidrogênio, além do desenvolvimento de tecnologias, como o “cracking” (craqueamento) de amônia e o CCS.
No ano passado, a Höegh e a Aker BP firmaram uma parceria para desenvolver soluções de transporte marítimo e injeção de CO2 – capturado de indústrias no Norte da Europa – em reservatórios submarinos.
Terminal de hidrogênio na Alemanha
Em junho, a Höegh também assinou um acordo com a alemã Deutsche ReGas para viabilizar um terminal de importação de hidrogênio no Porto de Lubmin, na Alemanha.
O terminal será o primeiro craqueador de amônia verde flutuante do mundo, com capacidade para produzir cerca de 30 mil toneladas de hidrogênio por ano. O transporte de hidrogênio por navios tem sido amplamente estudado, sendo a amônia considerada a forma mais viável para longas distâncias.
As estimativas do governo alemão apontam para uma demanda nacional de hidrogênio e seus derivados entre 95 e 130 TWh até 2030, sendo que aproximadamente 50 a 70% (45 a 90 TWh) deverão ser importados.
O país pretende cobrir grande parte de suas necessidades por meio de importações via gasoduto ou navio, com foco geográfico nas regiões do Mar do Norte, Mar Báltico e Mediterrâneo, e centros de produção na Península Ibérica e Norte da África.