Energia

Hub de hidrogênio verde do Pecém recebe licença ambiental prévia

Porto já assinou 33 memorandos de entendimento com empresas interessadas em produzir hidrogênio no Ceará

Hugo Figueirêdo, presidente do CIPP, junto com executivos, lado a lado, seguram placa com documento que concede licença ambiental prévia para o hub de hidrogênio verde do Porto do Pecém (Foto: Ascom Complexo do Pecém)
Hub de hidrogênio verde do Pecém recebe licença ambiental prévia (Foto: Ascom Complexo do Pecém)

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) entregou, nesta quarta-feira (25/10), a licença prévia do Hub de Hidrogênio Verde ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). É mais uma etapa do processo de licenciamento do projeto, que visa transformar o Ceará em um produtor e distribuidor de hidrogênio e amônia verde.

“Com a licença prévia, conseguimos agilizar o processo para as empresas que estão se instalando no Complexo do Pecém. Elas ganham um tempo de agilidade para avançar mais rapidamente nos seus processos”, afirma o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo.

Até o momento, 33 memorandos de entendimento (MoU) já foram assinados, todos com o objetivo de produzir e também exportar hidrogênio verde.

Também nesta quarta, a Cactus Energia assinou um pré-contrato com o CIPP para avançar em um projeto de US$ 2 bilhões para instalação de uma unidade fabril que abrigará 1,12 GW de eletrólise para o H2V.

Além da Cactus Energia, FortescueAES Brasil e Casa dos Ventos também já avançaram para a fase de pré-contratos no hub cearense.

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Licenciamento

No início de setembro deste ano, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) já havia aprovado a implementação do hub no Complexo do Pecém, após votação com 20 votos a favor, quatro contra e uma abstenção.

O projeto utilizará uma área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, destinada para as usinas do hidrogênio verde.

“As empresas terão a oportunidade de iniciar o processo na etapa de licença de instalação, visto que todo estudo da área foi realizado, EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo relatório) foi aprovado com mais de 25 planos e programas para mitigação dos impactos ambientais, além de potencializar os impactos positivos”, explica o superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes.

Ao todo, o projeto prevê a instalação de indústrias, tancagens e de um corredor logístico em uma área de cerca de 1.265 hectares no CIPP.