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Fortescue apresenta primeiros estudos ambientais para planta de hidrogênio verde no Ceará

A planta está prevista para ser desenvolvida no Complexo Industrial e Portuário do Pecém em duas etapas

Fortescue apresenta primeiros estudos de impacto ambiental para planta de hidrogênio verde em larga escala no Pecém, Ceará. Na imagem: Audiência pública para apresentação dos estudos de impacto da planta de hidrogênio da Fortescue (Foto: Divulgação)
Audiência pública para apresentação dos estudos de impacto da planta de hidrogênio da Fortescue (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA – A Fortescue apresentou nesta quarta (2/8) os primeiros estudos de impacto ambiental EIA/RIMA para licenciar seu projeto de hidrogênio verde no Ceará. É a primeira empresa no Brasil a apresentar esses documentos para o desenvolvimento de um projeto de hidrogênio verde em larga escala.

A planta está prevista para ser desenvolvida no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) em duas etapas: fases 1 e 2 (1.200 MW) e fase 3 (900 MW).

O potencial total do projeto é de 837 toneladas de hidrogênio verde por dia a partir do consumo de 2.100 MW de energia renovável. São estimados cinco mil empregos na fase de construção.

A apresentação ocorreu durante audiência pública, última etapa do processo para obtenção da Licença Prévia (LP). Após isso, o processo segue com a solicitação da Licença de Implantação (LI) e de Operação (LO).

O empreendimento

A usina de hidrogênio verde, projetada pela gigante australiana da mineração, Fortescue Future Industries, deve ser instalada no Complexo do Pecém com investimento de US$ 6 bilhões.

Globalmente, o objetivo da gigante da mineração é produzir 15 milhões de toneladas por ano de hidrogênio verde até 2030, subindo para 50 milhões de toneladas por ano na década seguinte.

Recentemente, representantes da companhia no Brasil estiveram reunidos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para discutir a regulação do hidrogênio no país.

A empresa foi uma das primeiras a assinarem um memorando de entendimento com o Ceará, em 2021, para integrarem o hub de hidrogênio verde do Pecém.

Em junho de 2022, assinaram um pré-contrato, e em novembro, durante a COP27 no Egito, reforçaram a intenção de desenvolver um projeto de hidrogênio verde no Ceará, com início da produção em larga escala já em 2027.

  • Investimento: US$ 6 bilhões
  • Produção de hidrogênio verde: 15 milhões de toneladas/ano (meta global)
  • Início previsto: 2025
  • Operação plena: 2027