Empresas

EDP e Furnas recebem primeiras certificações para hidrogênio renovável

Documento emitido pela CCEE atesta atributos de sustentabilidade do insumo feito a partir de energia solar e hidráulica

EDP e Furnas recebem primeiras certificações para hidrogênio renovável, emitidas pela CCEE. Na imagem: Usina piloto de hidrogênio verde, da EDP na UTE Pecém, Ceará (Foto: Thiago Gaspar/Governo do Ceará)
Usina piloto de produção de hidrogênio verde no Porto de Pecém (Foto: Thiago Gaspar/Governo do Ceará)

BRASÍLIA – A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou nesta terça (14/11) a emissão dos primeiros Certificados de Hidrogênio do Brasil, assegurando que o insumo produzido pela EDP e por Furnas foi fabricado com energia de fontes renováveis.

O processo de certificação diz respeito ao mercado voluntário, em que os próprios compradores definem quais as regras para avaliar os critérios de sustentabilidade do produto, e segue o padrão europeu.

Segundo Alexandre Ramos, presidente da CCEE, embora voluntária, a certificação é um passo importante na relação com investidores.

“A certificação vai garantir ao cliente a compra de um produto verdadeiramente sustentável. Essa parceria com as empresas representa um passo importante na construção de uma relação de confiança com os investidores do mercado de hidrogênio renovável brasileiro”, comenta.

A produção de 730 kg de hidrogênio de Furnas foi feita a partir de energia solar e hidráulica na planta de Itumbiara, em Goiás.

Já os 295 kg produzidos pela EDP no Complexo Termelétrico do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, usaram energia solar para a eletrólise.

As duas companhias usarão o combustível para testes nas próprias fábricas. As unidades foram desenvolvidas dentro do programa de P&D da Aneel.

Certificação do hidrogênio renovável no Brasil

O certificado de hidrogênio foi lançado pela CCEE em dezembro do ano passado para atestar a origem de produção a partir de fontes de baixa emissão de carbono em projetos-piloto no Brasil.

As diretrizes do programa foram definidas com base em uma série de debates com representantes da cadeia produtiva e levou em consideração exigências do mercado europeu.

Agora, a organização está desenvolvendo a sua segunda versão do sistema de certificação, com o apoio do Banco Mundial.