O "mais rápido possível"

Aneel vai pautar com celeridade processo sobre 13 projetos de hidrogênio, afirma diretor-geral

Investimentos de R$ 1,49 bilhão e futuro da Amazonas Energia estão entre os destaques

Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, participa da formatura da 15ª Turma da Escola de Eletricistas de Brasília, em 31/5/2023 (Foto Michel Jesus/Aneel)
Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, participa da formatura da 15ª Turma da Escola de Eletricistas de Brasília

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, informou nesta terça-feira (21/1) que o processo de autorização de 13 projetos voltados ao hidrogênio de baixa emissão de carbono, na modalidade de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), deverá retornar ao plenário “mais rápido possível”.

A área técnica da Aneel já manifestou parecer favorável aos projetos, que podem atrair investimentos estimados em R$ 1,49 bilhão, destinados a setores industriais como siderurgia, fertilizantes, alimentos, mobilidade, petroquímica e outros.

No entanto, na última Reunião Pública Ordinária (RPO) da diretoria colegiada, em 10 de dezembro, a agência surpreendeu o setor ao decidir adiar a liberação de recursos para 13 projetos de PD&I voltados para a produção de hidrogênio verde.

A decisão de adiamento foi motivada por um pedido de vistas de Sandoval Feitosa, após votos contrários dos diretores Fernando Mosna e Ricardo Tili, que pontuaram desvio de finalidade da iniciativa e o impacto financeiro sobre os consumidores de energia.

Em entrevista coletiva, também nesta terça-feira (21), Feitosa mencionou que existe expectativa de manutenção da bandeira tarifária verde ao longo do ano. No entanto, ressaltou que uma previsão mais precisa dependerá do encerramento do período úmido.

Amazonas Energia

Sobre a situação da Amazonas Energia, Feitosa destacou a necessidade de uma solução definitiva para a concessionária. “Não é possível que um serviço público contínuo, que é o serviço de distribuição de energia elétrica, fique na insegurança de uma decisão de um juiz de primeira instância”, declarou.

Em cumprimento a uma determinação judicial, a Aneel aprovou um plano permitindo que a Âmbar Energia assuma o controle da concessionária. O plano inclui flexibilizações que serão financiadas pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), com um custo aproximado de R$ 14 bilhões ao longo de 15 anos. Além disso, haverá um aporte de R$ 6,5 bilhões para reduzir o endividamento da Amazonas Energia.


Com informações do Estadão Conteúdo

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