Energia

Amazon vai usar eletrocombustível em frota de caminhões a partir de 2023

Empresa norte-americana também divulgou expansão de projetos em energia limpa e quer zerar emissões de carbono até 2040

Amazon vai usar eletrocombustível em frotas de caminhões a partir de 2023
Telhado solar de centro de distribuição da Amazon nos EUA (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA — A Amazon anunciou esta semana que vai passar a usar eletrocombustíveis em suas frotas de caminhões a partir de 2023. Com a mudança, a multinacional pretende reduzir as emissões de carbono em até cinco milhões de quilômetros rodados por ano. 

Em parceria com a Infinium, organização de tecnologia de combustíveis renováveis, a Amazon vai adaptar os caminhões, antes abastecidos com diesel, para o eletrocombustível, uma alternativa feita a partir de resíduos de carbono e energia renovável.

A estratégia faz parte do compromisso da corporação em zerar as emissões de carbono até 2040, dez anos antes da meta proposta pelo Acordo de Paris.

A transição é um dos passos da multinacional de tecnologia para reduzir o uso de recursos fósseis e fazer entregas mais sustentáveis aos clientes. Em termos de logística, a empresa quer começar substituição da frota pelo sul da Califórnia, zona responsável pelo deslocamento das remessas para as estações de triagem e entrega de pedidos.

O grupo tem US$ 2 bilhões aplicados no Fundo de Compromisso Climático (The Climate Pledge Fund, em inglês), criado para investir em tecnologias, produtos e serviços para acelerar o futuro com carbono zero. Ao todo, a organização já anunciou investimentos em 18 empresas, entre elas a Infinium. 

“Os eletrocombustíveis da Infinium podem ajudar a reduzir as emissões de carbono em nossa frota de transporte, o que é importante tanto para nós, quanto para nossos clientes, e ajudará a nos aproximarmos de nossa meta de zero carbono líquido até 2040”, explica Kara Hurst, vice-presidente de Sustentabilidade Mundial da Amazon.

Além disso, a empresa norte-americana divulgou 71 novos projetos em energia renovável para gerar 2,7 gigawatts (GW) de energia limpa.

O portfólio inclui a estação solar de 122 megawatts (MW) no Brasil, a primeira ação da Amazon na América do Sul. Agora, a corporação conta com 379 iniciativas de energia renovável em 21 países, gerando 50 mil gigawatts-hora (GWh) de energia limpa, que equivale ao consumo anual de cerca de 4,6 milhões de residências por ano.

No Brasil, a operação inclui investimentos em programas ambientais durante a construção para promover a biodiversidade, além da geração de empregos. 

Aposta no hidrogênio verde

Para a produção de eletrocombustíveis, as instalações irão utilizar hidrogênio verde gerado pela energia renovável e pelos resíduos de carbono reciclados por ano. 

No mês passado, a Amazon firmou um acordo de fornecimento de hidrogênio verde com a Plug Power, que garantirá os insumos para o transporte e para a construção a partir de 2025.

O contrato de fornecimento disponibilizará energia suficiente para 30 mil empilhadeiras ou 800 caminhões pesados ​​usados ​​em transporte de longa distância.