Energia

Alemã prevê R$ 45 mi na fabricação de equipamentos de hidrogênio verde

Neuman & Esser assina protocolo de intenções com governo de MG para investir em equipamentos de geração de H2V

Neuman & Esser assina protocolo de intenções com governo estadual para investir em equipamentos para gerar hidrogênio verde em Minas Gerais
Unidade da Neuman & Esser em Belo Horizonte, Minas Gerais (Foto: Divulgação)

RIO — A empresa alemã Neuman & Esser assinou um protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais, nesta segunda-feira (25/4), para investir até R$ 45 milhões na fabricação de equipamentos de geração de hidrogênio verde (H2V) em Minas.

“De imediato, vamos investir R$ 20 milhões já em 2022 para extensão da fábrica em Minas. Mas teremos mais investimentos em parcerias com empresas que vão solicitar outras tecnologias adequadas para as atividades e necessidades delas”, afirmou o diretor-geral da empresa, Marcelo Veneroso.

A Neuman & Esser já possui uma unidade na capital Belo Horizonte, onde vai fabricar eletrolisadores — para produção de hidrogênio verde a partir de energia renovável e água — e reformadores de etanol e biometano. A tecnologia dos reformadores é da empresa brasileira Hytron, comprada pelo grupo alemão em 2020.

Alemães investem em hidrogênio verde em Minas

A Neuman & Esser é uma das empresas que encabeça, ao lado do governo alemão, a iniciativa H2 Global — que prevê investimentos de 2 bilhões de euros em parcerias internacionais com países onde o H2V pode ser produzido com menor custo, a exemplo do Brasil.

A Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) anunciou, em outubro do ano passado, 34 milhões de euros para projetos de H2V no Brasil.

A iniciativa, chamada H2 Brasil, vai disponibilizar os recursos ao longo dos próximos dois anos, incluindo 5 milhões de euros para construção de uma planta piloto de eletrólise na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais.

O Centro de Produção e Pesquisas em Hidrogênio Verde (CPPHV) terá uma potência instalada de 1 MW. A previsão é que o projeto seja construído até o fim de 2023 e que a planta seja abastecida exclusivamente por energia elétrica oriunda de fontes renováveis, seja através dos painéis solares que deverão ser instalados junto ao CPPHV, seja pelo fornecimento de energia renovável por parte da Cemig.

O projeto conta com parceiros como a Cemig, interessada no armazenamento de energia; Grupo Amaggi, para o desenvolvimento de fertilizantes. Memorandos de entendimento foram firmados, ainda, com a FIAT Stellantis para o emprego de aço verde; e com os fabricantes de motores MWM e AVL para a conversão de combustíveis, além da mobilidade urbana com o uso de ônibus escolares movidos a hidrogênio com a Prefeitura de Itajubá.

Também houve conversas com a Vale, para uso de hidrogênio verde em veículos off-road, trens e siderurgia, segundo a Unifei.