Combustíveis e Bioenergia

Governo estuda reduzir prazos de leilões de energia

Para as distribuidoras, política dos novos contratos amarra o suprimento das áreas de concessão a custos de longo prazo

Governo estuda reduzir prazos de leilões de energia. Na imagem: Vista do reservatório e da barragem da PCH Cidezal (Foto Divulgação Hydria Energia)
A-5 contratou 22 projetos, sendo nove PCHs. Contratos somam potência instalada de 0,6 GW e 177 MW médios | Foto PCH Cidezal//Hydria Energia

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Você vai ver aqui: mudança foi reforçada pelo resultado do A-5, com demanda de apenas duas distribuidoras; Petrobras defende frequência de reajustes dos preços dos combustíveis; ex-diretor da ANP alerta para a necessidade de aumentos. E mais:

O Ministério de Minas e Energia (MME) avalia reduzir os prazos contratuais dos leilões regulados de energia, diante do cenário de baixa demanda e mudança no perfil de atendimento às distribuidoras observado este ano.

— As distribuidoras avaliam que o governo deveria rever a política de novos contratos de energia, que amarram o suprimento das áreas de concessão a custos de longo prazo, enquanto o próprio governo avança com a abertura do mercado livre. Valor

— O MME propôs abrir toda a alta tensão a partir de 2024 e avançar para consumidores residenciais na segunda metade da década. Conta para a demanda por reformas o crescimento da geração própria de energia.

Na sexta (14/10), o leilão A-5 registrou a demanda de apenas duas distribuidoras: Cemig (MG) e Equatorial Pará. A baixa contratação já era esperada para o A-5. Dos 2.044 projetos cadastrados para a licitação (83 GW), 22 foram contratados (0,6 GW), totalizando 177 MW médios:

  • 9 PCHs, em Goiás, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso;
  • 4 usinas solares em Minas Gerais e Paraíba;
  • 3 usinas eólicas na Bahia e no Rio Grande do Norte;
  • 2 térmicas a biomassa em Goiás;
  • 2 centrais de geração hidrelétricas em Santa Catarina;
  • 1 térmica a resíduo sólido em São Paulo;
  • 1 usina hidrelétrica em São Paulo.

Membros da Opep+ se alinham para endossar corte na produção O alinhamento dos Estados membros do cartel nesse domingo (16/10) foi uma resposta aos EUA, que afirmou que a Arábia Saudita pressionou outros países na decisão de cortar 2 milhões de barris/dia de petróleo na produção a partir de novembro. Reuters

Brent abre a semana estável, com alta de 0,03%, cotado a US$ 91,66 o barril. Na sexta (14/10), temores com uma possível recessão global e consequente redução da demanda, sobretudo da China, fizeram o Brent cair 3,1%, para US$ 91,63 o barril. A semana acabou negativa para a referência, com queda acumulada de 6,4%. Reuters

PPI. O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, disse na sexta (14/10) que a diferença de tratamento no repasse das flutuações externas para os preços dos combustíveis é “benéfica para a sociedade” e se mantém dentro dos limites da política de preços da companhia.

— Desde o início da gestão de Caio Paes de Andrade, no fim de junho, a Petrobras anunciou 14 cortes nos preços dos combustíveis. Sete deles ocorreram após o início da campanha eleitoral, em meados de agosto.

Aumentos inevitáveis Com o Brent ficando próximo dos US$ 100 até o fim do ano, a Petrobras terá de aumentar os preços dos combustíveis, segundo o consultor e ex-diretor da ANP, Felipe Kury. Para ele, se a estatal não aumentar os preços, a janela para a atuação de importadores independentes pode se fechar e prejudicar o abastecimento nacional. Valor

Novo comando para a TBG A Petrobras contratou a empresa de head hunter Fesa para encontrar um novo presidente para a subsidiária, segundo Lauro Jardim, de O Globo. A atual presidente, Cynthia Silveira, cujo mandato termina em abril, é candidata a ficar.

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A reinvenção do etanol. Hidrogênio, diesel verde, SAF e metanol verde são algumas das apostas para colocar o etanol no centro da transição energética brasileira.

Estratégias de descarbonização do setor aéreo “não estão claras”, disse o presidente global do grupo Latam, Roberto Lato, no Airline Leader’s Forum 2021, que acontece em Buenos Aires, na Argentina. A maior aposta do segmento tem sido o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), que ainda não é produzido na América Latina.

— “Fizemos chamados para que as autoridades trabalhem junto das aéreas para criar políticas públicas para produção de SAF. Temos de proteger um dos meios de transporte mais importante da região. Se não fizermos isso, nossa sociedade vai sofrer, porque os custos da aviação vão ser impraticáveis tanto para as aéreas quanto para os passageiros”, disse. Valor

Produção conjunta de biocombustíveis. Pesquisadores da Coppe/UFRJ estudam uma alternativa para produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar que poderia aumentar em mais de 40% (cerca de 100 TWh) a geração de renováveis, sem a necessidade de cultivar mais terras.

Programa de etanol reduz produção de açúcar da Índia O país deve produzir 36 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, considerando 4,5 milhões de toneladas convertidas para etanol, segundo a Datagro. O programa indiano de biocombustível tem limitado a capacidade do país de competir com o Brasil no mercado de açúcar. Desde 2017, a fabricação de etanol já “enxugou” 15 milhões de toneladas de açúcar. Valor

EDP Brasil projeta investir R$ 5,7 bi em energia solar até 2025 É quase um terço dos R$ 18,2 bilhões em investimentos no país definido pelo grupo. A empresa detém R$ 41 bilhões em ativos no Brasil, a segunda maior operação da EDP no mundo. Folha de S. Paulo

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