O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu manter a possibilidade de usinas termelétrica mais caras serem despachadas , diante da seca histórica nas regiões dos reservatórios hidrelétricos.
O CMSE se reuniu nesta quinta (5).
Ficou definida também a importação de energia elétrica sem substituição da Argentina ou Uruguai, sem limitação de montantes e preços.
A determinação implica na retirada de limites para acionar as usinas termelétricas ou importar energia acima, independente do custo, mas desde que seja necessário para atender a demanda dos consumidores brasileiros no Sistema Interligado Nacional (SIN).
“Conforme informado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), permanece o cenário de atenção quanto às condições de atendimento, fato evidenciado pela caracterização, tanto para o mês de abril quanto para o período entre setembro e abril, do pior valor de afluências para o SIN no histórico desde 1931”, explicou o Ministério de Minas e Energia (MME).
Para o cenário de curto prazo, a previsão é de chuvas escassas na região Sudeste, que atravessa a estação seca.
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Resumo técnico do CMSE
- Em abril, todas as bacias hidrográficas de interesse do SIN apresentaram precipitação abaixo da média histórica. Considerando a Energia Natural Afluente agregada do Sistema Interligado Nacional (SIN), é pior mês de abril desde 1993.
- A energia armazenada em abril ficou em 34,7% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste; 56,4%, Sul; 66,8% no Nordeste; e 82,8% no Norte. A previsão é de piora no Sudeste/Centro-Oeste e maio, com queda para 32,3%.
Segundo nota do MME, o governo e as instituições do setor elétrico discutem a possibilidade de antecipação de obras de transmissão, “de forma a possibilitar a máxima capacidade de transferência de energia elétrica”.
Em 2021, a expansão da capacidade de geração totalizou 1.145 MW de potência instalada, além de 2.751 km de linhas de transmissão e 9.888 MVA de capacidade de transformação.
“Além disso, foi ressaltado que a plena recuperação dos armazenamentos somente será possível quando tivermos, de maneira mais perene, volumes de chuva suficientes para esse esperado aumento dos níveis”.
O governo descarta o risco de apagão ou racionamento de energia.
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Bandeira vermelha em maio
Na sexta (30), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 1, para o mês de maio, com custo de R$4,169 para cada 100kWh consumidos.
Abril marcou o fim do período de transição entre as estações úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
“Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto de prazo”, explica a Aneel em nota.
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