Governo admite piora na crise hídrica e propõe racionamento voluntário para residências

Governo admite piora na crise hídrica e propõe racionamento voluntário para residências

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O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou nessa terça (24/8) proposta de criação de um programa de incentivo de redução voluntária do consumo de energia para consumidores residenciais. A proposta foi apresentada ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e será analisada pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), que se reúne nesta quarta-feira (25/8).

— É uma resposta do governo ao agravamento da crise hídrica e energética que o país enfrenta, após a identificação de gradativa piora nos cenários e nas projeções futuras.

— O ONS indicou flexibilizações temporárias da regra de operação do Rio São Francisco para tentar minimizar a redução de água nos reservatórios das hidrelétricas nas regiões Sudeste e Sul.

— Também foi indicado pelo ONS a utilização dos estoques hídricos armazenados.

Na segunda (23/8), o governo já havia divulgado as regras para a indústria ofertar a Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica (RVD) até 30 de abril de 2022.

— O modelo prevê que a redução funcionará como um leilão. Os consumidores vão ofertar o montante que pretendem economizar e o preço. Se a oferta vingar, conforme as necessidades do sistema elétrico, o valor será pago pelas regras de liquidação do mercado de curto prazo até o limite do PLD.

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Nada disso sairá barato para o consumidor.  O Estadão/Broadcast apurou que novos cálculos internos do governo apontam a necessidade de que a bandeira vermelha nível 2, hoje em R$ 9,49 por 100 quilowatts-hora (kWh), seja elevada para algo entre R$ 15 e R$ 20.

— A Aneel deve divulgar na próxima sexta (27/8) qual bandeira tarifária deve ser utilizada até o final do ano. Como os cenários estão piorando, é provável que a bandeira vermelha nível 2 seja mantida. Estadão

Leilões de energia. A Aneel aprovou nessa terça (24/8) o edital do leilão A-5 de 2021, que será realizado em 30 de setembro e tem início de suprimento em 1o de janeiro de 2026. A EPE cadastrou 1.694 empreendimentos, com 93.859 MW de potência.

— O leilão contratará oferta de geração na modalidade por quantidade para empreendimentos eólicos e solares fotovoltaicos, com prazo de suprimento de 15 anos, e hidrelétricos (centrais geradoras hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, hidrelétricas e ampliação de usinas existentes), com prazo de 25 anos.

— Para empreendimentos termelétricos, serão negociados contratos por disponibilidade, com prazo de 20 anos.

Em epbr: Crise energética: é hora de falar sobre os carros elétricos?

Eficiência energética. A Energisa, distribuidora que atende consumidores nos estados do Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe e Tocantins, recebe até até 22 de outubro inscrições de projetos para o seu Programa de Eficiência Energética (PEE).

— São R$ 26 milhões para iniciativas que pretendem promover o uso eficiente da energia elétrica por meio de projetos inovadores.

— A seleção dos projetos aprovados será anunciada em 20 de dezembro, e as inscrições podem ser feitas em http://energisa.gestaocpp.com.br.

Leilão de petróleo. A Comissão Especial de Licitação (CEL) da ANP aprovou a inscrição da petroleira australiana Karoon na 17a rodada, programada para acontecer em 7 de outubro. A empresa é a sétima aprovada pela agência para participar do leilão, que vai ofertar áreas nas bacias de Campos, Santos, Pelotas e Potiguar.

— Na última semana, a CEL já havia aprovado a inscrição de Chevron, Ecopetrol, Murphy Exploration, Petrobras, Shell e TotalEnergies no leilão.

— A 17ª rodada prevê a oferta de 92 blocos exploratórios, todos offshore, divididos por 11 setores de quatro bacias sedimentares brasileiras – Campos, Pelotas, Potiguar e Santos –, totalizando 54 mil km2 de área.

— O edital e o modelo do contrato de concessão foram publicados pela ANP no final do mês passado. O cronograma prevê o dia 22 de setembro como prazo final para apresentação de garantias de ofertas.

— Três blocos no setor SS-AUP5, em Santos, estão cortados pelo limite das 200 milhas náuticas, na extensão da Plataforma Continental brasileira.

A Karoon vai participar da concorrência já sob novo comando. A partir de 1o de outubro, Antonio Guimarães, ex-secretário executivo de E&P do IBP e executivo da Shell, será CEO da Karoon Brasil.

Veja os blocos e campos de petróleo e gás que serão licitados no Brasil em 2021

Pré-Sal. A Petrobras informou que recebeu dos seus sócios no projeto de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, US$ 2,9 bilhões, referentes às obrigações das parceiras chinesas CNODC e CNOOC no acordo de coparticipação do campo.

— A Petrobras possui 90% dos direitos de exploração e produção do volume excedente de Búzios, em parceria com a CNODC (5%) e a CNOOC (5%).

— Búzios é o maior campo de produção de petróleo e gás natural em desenvolvimento no mundo.

— A Petrobras já tem quatro plataformas operando no campo, e outras cinco contratadas para os próximos anos.

—  A empresa está finalizando os estudos para contratar FPSOs para os projetos de Búzios 10, 11 e 12, antecipou o diretor de E&P, Fernando Borges, em entrevista ao vivo à epbr.

Nova alta do petróleo. Os preços do petróleo voltaram a subir nessa terça (24/8), impulsionados em parte por um incêndio em uma plataforma da Pemex que deixou cinco mortos e paralisou vários poços da estatal.

— O Brent para entrega em outubro fechou em alta de 3,34%, a 71,05 dólares. O WTI para entrega no mesmo período fechou em alta de 2,89%, a 67,54 dólares.

— Foi a primeira vez que o Brent fechou acima dos 70 dólares desde 12 de agosto. AFP

Mercados de carbono. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que pretende votar em plenário, até a realização da Conferência do Clima da ONU (CPO26), marcada para novembro, o PL 528/2021, que tenta criar um mercado regulado de carbono no Brasil.

— Na visão de especialistas, o projeto encontra um cenário favorável para aprovação.

— “Depois das pautas estruturantes, queremos votar o crédito de carbono da floresta em pé, que dará uma resposta ao mundo de que 62% do nosso território é floresta e que meio dúzia de desmatadores não podem jogar a imagem do Brasil no lixo”, disse Lira, em evento promovido pela XP Investimentos.

Gás de cozinha em motores. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4217/19, do deputado Felício Laterça (PSL-RJ), que acaba com a proibição de uso do gás liquefeito de petróleo (GLP) – gás de cozinha – em motores em geral, incluindo os de veículos, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas.

— A proposta recebeu parecer favorável do relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG).

— O projeto já foi aprovado anteriormente pela Comissão de Minas e Energia e ainda depende de votação pelo Plenário.

Alta dos combustíveis. Locadoras de veículos, fabricantes de automóveis e o setor de logística são os principais prejudicados com o aumento do custo da gasolina, que em quatro estados já ultrapassa a marca de R$ 7 por litro. E-Investidor

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