BRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quinta (29) que o preço do GLP nas refinarias da Petrobras pode cair de R$ 23 para cerca de R$17 pelo botijão de 13kg, de uso residencial. A redução será possível com o fim da diferenciação dos preços, aprovada hoje pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), defendeu o ministro.
“Hoje o mercado internacional leva o preço do GLP a cerca de R$16, R$17 reais. Acabando com a diferenciação de preço, com o gás importado ou produzido na refinaria, [a Petrobras] vai poder vender a um preço mais baixo do que é hoje vendido”, explicou Albuquerque.
O CNPE revogou a resolução 4/2005, que estabeleceu a política de preços em que há diferenciação entre o GLP de 13kg e o vendido a granel, voltado para grandes consumidores, como a indústria.
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O ministro acredita que a revogação contribuirá para maior concorrência no setor, com resultados imediatamente.
“Estamos apresentando previsibilidade e segurança jurídica. O mercado já está se movimentando para que tenha uma participação maior naquilo que era dominado por uma empresa só”, disse.
A Petrobras alterou no início deste mês a sua política de preços do GLP de uso residencial e passou a adotar como referência o preço da paridade de importação, assim como é feito com o GLP industrial e comercial.
A mudança foi feita dois dias após a Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) do Ministério da Economia defender o fim da diferenciação de preços do GLP para a indústria e para os consumidores residenciais, por meio de nota técnica.
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Mudança beneficia população de baixa renda e outras classes, afirma secretário
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Márcio Félix, destacou que a mudança aprovada pelo CNPE e a possível redução dos preços beneficia a população brasileira, e não apenas a população de baixa renda.
“Hoje 70% do gás vendido é em botijão de 13 quilos. O Brasil tem suas dificuldades, mas está longe de ter algo como 70% de população de baixa renda. Isso beneficia outras classes também”, defendeu.
A diferenciação do preço para o botijão residencial de gás de cozinha, implementada pelo governo do ex-presidente Lula, tinha como objetivo garantir um valor mais baixo do botijão para beneficiar principalmente a população de baixa renda.
De acordo com o ministro Bento Albuquerque, não há estudos ou projetos para subsidiar o preço do gás para população mais pobre. “Nós entendemos que [a mudança] vai de encontro ao benefício do preço final ao consumidor”, pontuou.
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