GLP pode ficar mais barato com fim da diferenciação de preços, diz ministro

Botijões de 13 kg de GLP
Botijões de 13 kg de GLP

BRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quinta (29) que o preço do GLP nas refinarias da Petrobras pode cair de R$ 23 para cerca de R$17 pelo botijão de 13kg, de uso residencial. A redução será possível com o fim da diferenciação dos preços, aprovada hoje pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), defendeu o ministro.

“Hoje o mercado internacional leva o preço do GLP a cerca de R$16, R$17 reais. Acabando com a diferenciação de preço, com o gás importado ou produzido na refinaria, [a Petrobras] vai poder vender a um preço mais baixo do que é hoje vendido”, explicou Albuquerque.

O CNPE revogou a resolução 4/2005, que estabeleceu a política de preços em que há diferenciação entre o GLP de 13kg e o vendido a granel, voltado para grandes consumidores, como a indústria.

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O ministro acredita que a revogação contribuirá para maior concorrência no setor, com resultados imediatamente.

“Estamos apresentando previsibilidade e segurança jurídica. O mercado já está se movimentando para que tenha uma participação maior naquilo que era dominado por uma empresa só”, disse.

Composição dos preços médios do GLP em junho de 2019 (Sindigás)
Composição dos preços médios do GLP em junho de 2019 (Sindigás)

A Petrobras alterou no início deste mês a sua política de preços do GLP de uso residencial e passou a adotar como referência o preço da paridade de importação, assim como é feito com o GLP industrial e comercial.

A mudança foi feita dois dias após a Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) do Ministério da Economia defender o fim da diferenciação de preços do GLP para a indústria e para os consumidores residenciais, por meio de nota técnica.

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Mudança beneficia população de baixa renda e outras classes, afirma secretário
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Márcio Félix, destacou que a mudança aprovada pelo CNPE e a possível redução dos preços beneficia a população brasileira, e não apenas a população de baixa renda.

“Hoje 70% do gás vendido é em botijão de 13 quilos. O Brasil tem suas dificuldades, mas está longe de ter algo como 70% de população de baixa renda. Isso beneficia outras classes também”, defendeu.

A diferenciação do preço para o botijão residencial de gás de cozinha, implementada pelo governo do ex-presidente Lula, tinha como objetivo garantir um valor mais baixo do botijão para beneficiar principalmente a população de baixa renda.

De acordo com o ministro Bento Albuquerque, não há estudos ou projetos para subsidiar o preço do gás para população mais pobre. “Nós entendemos que [a mudança] vai de encontro ao benefício do preço final ao consumidor”, pontuou.

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