Total vai fornecer GNL para Cosan em São Paulo

TRSP deverá ter sua construção iniciada nas próximas semanas para integrar a malha de gasodutos, atendendo à área de concessão da Comgás

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A Compass Gás e Energia, do grupo Cosan, está em fase final de negociação com a Total para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) para o terminal de regaseificação que a empresa vai construir em São Paulo (TRSP).

A informação é do presidente da empresa, Nelson Gomes, durante evento para investidores na terça (16)

Estão sendo fechados contratos firmes e interruptíveis para o despacho do terminal, que deverá ter sua construção iniciada nas próximas semanas.

A empresa já tem a autorização para instalação uma FSRU (unidade flutuante de regaseificação) na Lagoa Caneú, com capacidade para 14 milhões de m³/dia.

O terminal é pensado para integrar a malha de gasodutos, atendendo à área de concessão da Comgás, a partir da expansão da infraestrutura em Cubatão (SP).

Esta semana, o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, reforçou o interesse do grupo na compra da Gaspetro, por meio da subsidiária Compass. Segundo Ometto, a negociação está em andamento.

Cosan ainda quer comprar refinaria do Paraná

O presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, afirmou que ainda há interesse do grupo na aquisição da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, pertencente a Petrobras.

Ometto diz esperar que a estatal preserve o plano de venda de ativos mesmo após a saída do presidente da empresa Roberto Castello Branco, anunciada no mês passado.

“Temos interesse na Repar. Infelizmente, os lances não foram suficientes para alcançar os preços mínimos que a Petrobras tinha em mente”, afirmou o presidente do CA em uma transmissão do Valor.

Ele aproveitou para elogiar a gestão de Roberto Castello Branco, que cumpre seu mandato na presidência da Petrobras até a chegada de Joaquim Silva e Luna, escolhido por Bolsonaro para substituir o executivo em meio a uma crise.

A mudança ocorre após ataques do presidente à administração de Castello Branco por conta da política de preços dos combustíveis.

“Com a saída dele, o que a gente nota é que deve continuar com essa ideia de continuarem com as privatizações (…) Estamos esperançosos que o governo Bolsonaro continue com aquele discurso, junto com ministro Paulo Guedes, de que é importante a privatização de empresas no Brasil”, acredita Rubens Ometto.

Pandemia

Preocupado com o ritmo da vacinação, o empresário defendeu a aquisição de vacinas para covid-19 pelo setor privado, desde que haja a doação de parte dessas vacinas ao sistema público. E afirmou que a Cosan já está em contato com o governo.

“A iniciativa privada será muito mais rápida e eficiente (…) “Nossos diretores estão em envolvidos com órgãos do governo que fazem isso”, disse.

Ometto também disse ser necessário um lockdown de 10 a 15 dias, para que haja redução nos índices de contaminação, paralelamente ao avanço da vacinação.

“Acho que esse lockdown curto tem que ter”.

Em relação à retomada econômica, o executivo acredita que com o maior diálogo entre os poderes executivo e legislativo, permitirá o andamento de reformas necessárias e, segundo ele, essenciais para a reativação da economia. Entre elas, as reformas administrativa e tributária.

Biogás

Depois de concluir a aquisição da Biosev, vice-líder no segmento sucroalcooleiro no Brasil, por meio da subsidiária Raízen, a Cosan aposta na produção de etanol de segunda geração, feito a partir do bagaço de cana-de-açúcar.

“Vamos investir muito em álcool de segunda geração que é o álcool celulósico (…)

Queremos fazer três usinas com a produção de 300 milhões de litros adicionais de álcool de segundo geração”, contou Ometto

Além disso, a empresa pretende transformar suas usinas em autossuficientes, substituindo o diesel por biogás nos caminhões utilizados nas unidades de produção.

“Vamos investir muito na área de produção de biogás, a partir da vinhaça”.

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