Gás Natural

TAG avança com primeiros contratos de transporte de gás com novos supridores

Nove de dez agentes alocarão capacidade a partir de janeiro de 2022 na rede da TAG

Nove de dez agentes alocam capacidade a partir de 2022 na rede da TAG. Na imagem: City gate, ponto de entrega de gás às distribuidoras locais, com tubos metálicos na cor prata (Foto: Divulgação TAG)
Nove de dez agentes alocam capacidade a partir de 2022 na rede da TAG (Foto: Divulgação TAG)

A TAG encerrou a etapa de alocação de capacidade de transporte de gás natural para nove das empresas que manifestaram interesse em contratar a rede de gasodutos a partir de 2022.

Entre eles, estão os primeiros contratos com novos supridores do mercado brasileiro a entrar na rede da TAG, que opera gasodutos de interligação entre a região Sudeste e Nordeste.

Os futuros contratos podem começar a vigorar a partir de janeiro de 2022 e entre os agentes envolvidos estão produtores, comercializadores e consumidores livres.

São eles: PetroReconcavo, Potiguar E&P e a SPE Miranga, todos do mesmo grupo; além de Equinor, Shell e Galp na lista de empresas com produção nacional.

Compass (grupo Cosan) e Origem, que atuam com comercialização e GNL.

E a Proquigel, do grupo Unigel, que arrendou as fábricas de fertilizantes da Petrobras na Bahia e Sergipe.

Ao todo, 5,13 milhões de m³/dia de capacidade foram alocados em quatro pontos de entrada e 6,59 milhões de metros cúbicos para saídas, em 12 das 18 zonas ao longo da malha da TAG.

A minuta dos contratos foi autorizada pela ANP e, após prestação de garantias financeiras pelos agentes, terão vigência de um ano, a contar de 1º de janeiro de 2022.

Todo o processo está sendo conduzido de maneira eletrônica, por meio do Portal de Oferta de Capacidade (POC).

Abertura do mercado de gás natural

“Estamos coroando agora o resultado de um longo trabalho de equipe, de uma série de negociações que viemos fazendo com o mercado, sempre focados em viabilizar o acesso de novos agentes à malha integrada de gasodutos”, comemorou o diretor Regulatório e Comercial da TAG, Ovídio Quintana.

A oferta está sendo feita por meio de contratos extraordinários, para contratar capacidade disponível na malha da TAG, uma nova modalidade de contratação autorizada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Marca uma alternativa à contratação de longo prazo e às chamadas públicas. As transportadoras brasileiras — além da TAG, a TBG e a NTS — estão desenvolvendo novas alternativas de contratação, incluindo estudos para ofertas conjuntas.

A TAG detém aproximadamente 4.500 km de gasodutos, sendo 3.700 km na costa, interligando os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Também é dona de 800 km na Amazônia, no trecho que interliga a produção na Bacia do Solimões, do polo Urucu, a Manaus, no Amazonas.

A companhia é controlada pela Engie, com 65% de participação, em sociedade com o Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ). Foi vendida pela Petrobras em 2019.