RIO — A Sulgás lançou, nesta segunda-feira (4/7), uma nova chamada pública para contratação de fornecedores de gás natural a partir de 2023.
A empresa pretende comprar 220 mil m³/dia em 2023 e de 220 mil a 480 mil m³/dia entre 2024 e 2026. As propostas deverão ser encaminhadas até 19 de agosto. Veja o edital, na íntegra (em .pdf)
A distribuidora gaúcha de gás canalizado, controlada pela Compass (do grupo Cosan), quer diversificar a sua base de supridores. Hoje, a companhia é dependente da Petrobras.
Em nota, o presidente da Sulgás, Carlos Camargo de Colón, afirmou que a concessionária “quer avançar na diversificação das fontes de suprimento a partir de processos que abram espaço para propostas flexíveis e de origens diversas”.
Esta é a terceira chamada pública para aquisição de gás natural lançada pela Sulgás. As duas primeiras foram coordenadas em conjunto com outras quatro distribuidoras do Centro-Sul do país: SCGás (SC), Compagas (PR), Gas Brasiliano (SP) e MSGás (MS).
Sulgás já reservou capacidade no Gasbol
Em junho, a Sulgás contratou capacidade no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), justamente de olho na oportunidade de aquisição de gás de novos fornecedores.
A distribuidora contratou uma capacidade de 220 mil m³/dia em 2023; de 1,094 milhão de m³/dia em 2024; 1,097 milhão de m³/dia em 2025; e 1,656 milhão de m³/dia em 2026 — os números revelam, portanto, espaço para que a Sulgás faça novas contratações nos próximos anos.
A Compass, controladora da empresa, mira oportunidades de aquisição de gás da Bolívia.
Em meio às tensões na relação entre o governo da Bolívia e a Petrobras após o corte parcial no fornecimento de gás natural do país vizinho ao Brasil, a empresa, juntamente com a TotalEnergies Brasil, assinou, em maio, um acordo de intenções com a estatal boliviana YPFB.
As partes vão estudar uma aliança para comercialização do gás importado da Bolívia no mercado brasileiro.
- Na epbr: Corte no envio de gás da Bolívia ao Brasil não preocupa, diz Compass Presidente da companhia, Nelson Gomes, não vê problemas no abastecimento de gás ao mercado brasileiro