A São Martinho anunciou nesta terça-feira (31/10) a construção de sua primeira planta de biometano na unidade de Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense, no interior de São Paulo. O biogás será produzido a partir da biodigestão da vinhaça, um subproduto da produção de etanol.
A empresa investirá R$ 250 milhões na fábrica que terá capacidade de produzir 15 milhões de metros cúbicos de biometano por safra.
O projeto também vai gerar créditos de descarbonização (CBIOs). Segundo a empresa, ao substituir o consumo de gás natural fóssil, o uso do biometano da São Martinho tem o potencial de evitar a emissão de até 32 mil toneladas equivalentes de gases de efeito estufa.
As operações estão previstas para começar no segundo semestre de 2025. Isso faz parte de um plano mais amplo da empresa para aproveitar o potencial total de produção de biometano a partir da vinhaça.
Nesta primeira etapa, serão processados 20% da vinhaça gerada pela empresa. De acordo com os resultados, a companhia deve ampliar a fabricação de biometano para suas outras plantas: São Martinho e Iracema, também no interior de SP, e Boa Vista, no interior de Goiás.
O biometano será 100% da empresa e será vendido pressurizado ou injetado a partir de rede de distribuição de gás na região de Araraquara, nordeste do estado de São Paulo.
O empreendimento tem financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – no âmbito do programa BNDES Fundo Clima e do subprograma Energias Renováveis – e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
“A planta de biometano da Santa Cruz marca a entrada da São Martinho no mercado de gás natural de origem renovável e reforça nosso posicionamento em contribuir de forma efetiva para a transição energética rumo a uma economia de baixo carbono”, disse Fabio Venturelli, presidente da São Martinho, em comunicado distribuído pela empresa.