O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) manifestou interesse em financiar a construção do gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre, que foi projetado pela Transportadora Sulbrasileira de Gás (TBS) e terá 565 km, fechando o anel no Cone Sul e possibilitando o abastecimento dos mercados com gás natural argentino e brasileiro. De acordo com o governador do estado, Edaurdo Leite, que esteve reunido com representante encarregado do CAF, François Borit, em Montevideo, o investimento estimado no projeto é de US$ 600 milhões.
Ainda de acordo com Leite, a obra tem como objetivo trazer o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Agentina, para o Brasil. “Como o governo federal tem uma política agressiva na redução dos custos do gás no Brasil, trazer o gás da chamada de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil, pode ser algo interessante e, por isso, estamos buscando os caminhos para isso”, explicou.
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“Discutimos a possibilidade de essa agência ser um banco de financiamento de projetos importantes, especialmente ligados ao gasoduto. Como o governo federal tem uma política agressiva na redução dos custos do gás no Brasil, trazer o gás da chamada Bacía de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil, pode ser algo interessante e, por isso, estamos buscando os caminhos para isso”, detalhou o governador.
A TBS é uma sociedade entre a Petrobras, Ipiranga, Repsol e Total. A empresa O projeto prevê 615 km de dutos no Rio Grande do Sul, dos quais 50 km já foram construídos na Fase I, que são dois trechos de 25 km em cada uma das duas extremidades do gasoduto. Na extremidade oeste, o trecho da TSB está conectado com o gasoduto da Transportadora de Gás del Mercosur S.A. – TGM e, na sua extremidade leste, com o gasoduto da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil, o Gasbol.
Atualmente, a TBS tem contratos de serviços de transporte com a Sulgás, distribuidora de gás natural do Rio Grande do Sul, no lado de Uruguaiana, para suprimento à Usina Termelétrica de Uruguaiana e, no lado de Canoas, para transporte do gás boliviano, destinado ao Pólo Petroquímico do Sul.
A segunda fase do projeto contempla a interligação do trecho entre Uruguaiana e o Pólo Petroquímico de Triunfo. A conclusão do gasoduto da TSB proporcionará a interligação das jazidas do Brasil, da Argentina e da Bolívia, consolidando, assim, à integração do mercado de gás do Cone Sul.
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