RIO — A Raízen anunciou, nesta terça-feira (26/4), a construção de sua primeira planta dedicada à produção de biometano. Ao todo, a companhia investirá cerca de R$ 300 milhões na unidade.
A usina será instalada anexa ao Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP), onde a empresa já opera a planta de etanol de segunda geração (2G).
A inauguração da unidade de biometano está prevista para 2023. O empreendimento terá capacidade de produção de 26 milhões de metros cúbicos (m³) do gás natural renovável por ano.
O volume é suficiente para abastecer aproximadamente 200 mil clientes residenciais. A Raízen, no entanto, vai vender o produto para clientes industriais.
A totalidade da produção da nova planta foi comercializada para a Yara Brasil Fertilizantes e para a Volkswagen do Brasil, em contratos de longo prazo.
A Raízen já opera hoje uma planta de biogás, mas o projeto é voltado para a geração de energia elétrica, e não para comercialização da molécula de biometano.
Em 2020, a empresa inaugurou a termelétrica a biogás em Guariba (SP), com 21 MW de capacidade instalada.
A unidade é fruto de uma joint venture entre a Raízen e a Geo Energética, a Raízen Geo Biogás S.A., com foco na produção de biogás a partir de resíduos agrícolas.
A térmica foi construída junto à usina Bonfim, unidade da Raízen com uma moagem de mais de 5 milhões de toneladas de cana por ano.
A usina sucroalcooleira gera elevado volume de vinhaça e torta de filtro, que são utilizados para produção do biogás em escala comercial.