Gás Natural

NTS assina seus primeiros contratos na modalidade interruptível

Acordos foram fechados com a portuguesa Galp, que passou em abril a fornecer gás à Gasmig

NTS assina seus primeiros contratos na modalidade interruptível. Na imagem: Planta do Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil), da TBG. Dutos de transporte de gás natural na cor prata com sinalizações em amarelo (Foto: Divulgação TBG)
A NTS informou que os dois contratos do tipo interruptível preveem o transporte de até 300 mil metros cúbicos diários, com vigência até dezembro de 2022 (Foto: Divulgação TBG)

RIO — O contrato assinado entre a Galp e a Gasmig, para fornecimento de gás natural do grupo português à distribuidora mineira, garantiu à Nova Transportadora do Sudeste (NTS) os seus primeiros acordos de transporte interruptível — modalidade que possibilita o uso da capacidade ociosa já contratada no sistema.

A NTS informou nesta segunda-feira (25/4) que os dois contratos do tipo assinados com a Galp preveem o transporte de até 300 mil metros cúbicos diários (m³/dia) de gás na modalidade de entrada e saída. Os acordos já estão em vigor e têm vigência até dezembro de 2022.

O gás terá como ponto de entrada o terminal Tecab, em Macaé (RJ), e como saída as zonas MG1, MG2 e MG3, em Minas Gerais.

Gasmig busca diversificação

A Galp é a terceira maior produtora de gás do Brasil, de acordo com dados da ANP. O contrato com a Gasmig, válido desde o dia 1º de abril, é o primeiro acordo de fornecimento de gás assinado pela distribuidora mineira com a iniciativa privada. Até então, todo a demanda da concessionária era atendida pela Petrobras.

A Gasmig informou, este mês, que está atrás de outros possíveis fornecedores que possibilitem um gás mais competitivo em Minas Gerais.

A concessionária busca reduzir a dependência da Petrobras, em meio à entrada de novos fornecedores no mercado brasileiro e diante da insatisfação das distribuidoras com os preços praticados pela estatal.

A Petrobras aumentou em até 50% os preços do gás natural, nos novos contratos com as distribuidoras, válidos a partir de janeiro de 2022, alegando a necessidade de cobrir o aumento de custos para importar gás natural liquefeito (GNL).

Em Minas Gerais, as condições do novo contrato foram suspensas este mês, por força de liminar.