O economista Carlos Langoni morreu neste fim de semana, vítima de covid-19, aos 76 anos.
Ele estava internado desde dezembro, em um hospital particular do Rio de Janeiro, segundo informações da Veja.
Langoni foi presidente do Banco Central na década de 1980. Mais recentemente, foi diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas.
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Próximo do ministro da Economia, Paulo Guedes, Langoni foi um de seus conselheiros em torno de propostas para o mercado de gás.
Ajudou a subsidiar a posição do ministro da discussão da Lei do Gás nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro.
Economista da escola de Chicago, era um entusiasta da agenda liberal prometida por Guedes.
Defendia uma série de medidas que acabaram prevalecendo na promulgação do Novo Mercado de Gás e nas decisões da Petrobras.
Assim como Langoni, o primeiro presidente da Petrobras no governo Bolsonaro, Castello Branco, também veio da Fundação Getúlio Vargas.
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Castello Branco havia sido escolhido por Guedes e colocou em prática uma série de política defendidas por Langoni — a venda das distribuidoras e transportadoras de gás natural e antecipação de contratos para outras empresas poderem contratar gasodutos.
Defensor da participação mínima do Estado nas atividades econômicas, Langoni participava ativamente, como interlocutor de Guedes, nas discussões do Novo Mercado de Gás.
“O país tem uma pressa enorme em reduzir pela metade o custo do gás para a indústria e reduzir também o custo do gás residencial. Estamos falando aqui de benefícios econômicos e sociais tão expressivos que podem ser implementados já agora. Mas se for necessária uma legislação complementar, tenho certeza de que o Congresso Nacional vai apoiar, só que isso não deve atrasar o processo”, defendeu em 2019, em entrevista à agência de notícias CNI.
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) lamentou a morte do economista.
“Perdemos uma figura pública de destaque, que muito contribuiu para as grandes questões nacionais, como o crescimento econômico, a educação e a distribuição de rendas. O setor de óleo & gás brasileiro deve muito à Langoni pela introdução da discussão dos seus grandes temas nos palcos da academia e da indústria, fundamental para a construção do arcabouço regulatório que hoje vigora. O Brasil sentirá falta de sua liderança e ideias”, diz a nota.
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