Mercado livre

Saint-Gobain fecha contrato com Edge e vai migrar para o mercado livre de gás em 2025

Comercializadora do grupo Cosan fecha seu maior contrato no mercado livre, com previsão de entrega de 570 mil m3/dia

Comercializadora Edge, do grupo Cosan, assina com distribuidora catarinense SCGás seu primeiro contrato de gás fora de São Paulo. Na imagem: Terminal de Regaseificação de São Paulo, da Edge (Foto: Divulgação)
Terminal de Regaseificação de São Paulo, da Edge (Foto: Divulgação)

A Saint-Gobain assinou um contrato de aquisição de gás natural com a Edge e vai migrar para o mercado livre a partir de janeiro de 2025. O acordo é de quatro anos.

Ao todo, a comercializadora da Compass, do grupo Cosan, vai entregar 570 mil m3/dia, para 12 unidades da fabricante de vidros em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

A Saint-Gobain a primeira cliente da Edge nos setores de vidro e construção civil.

Até então, a comercializadora só havia fechado contratos de suprimento, no mercado livre, com empresas da indústria ceramista, da ordem de 500 mil m3/dia.

Edge monta portfólio para além do TRSP

Este é o maior contrato da Edge no mercado livre e inclui o fornecimento tanto de gás natural quanto de biometano.

A comercializadora tem como principal fonte de gás o GNL importado pelo Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), mas tem ampliado sua carteira de suprimento com gás da Bolívia e do pré-sal, além de biometano.

A empresa formou uma parceria com a Orizon VR, para comercialização do gás renovável dos aterros de Paulínia e de Itapevi, ambos em São Paulo.

A Edge injeta o gás regaseificado no TRSP, hoje, na malha da Comgás – que aguarda um desfecho para o imbróglio envolvendo a classificação do gasoduto Subida da Serra.

O conflito federativo entre ANP e Arsesp, sobre a classificação do ativo, foi parar no Núcleo de Solução Consensual de Conflitos do Supremo Tribunal Federal (Nusol/STF). A ANP se comprometeu a não tomar medidas restritivas à operação do duto até novembro.

Em paralelo à captação de novos clientes na malha, a empresa espera começar a operar, no quarto trimestre de 2025, o seu novo negócio de distribuição de GNL em pequena escala.

A partir de Santos, a companhia espera conseguir captar clientes num raio superior a 1 mil km – o que permite à comercializadora chegar em mercados do Triângulo Mineiro,  Centro-Oeste e Sul, por exemplo.