BRASÍLIA – A PetroReconcavo anunciou nesta segunda (4/11) um investimento de R$ 340 milhões na construção de sua segunda unidade de tratamento de gás natural.
A UPGN Miranga será instalada no município de Pojuca (BA) e terá capacidade para processar 950 mil m³/dia, com potencial de expansão para até 1,5 milhão de m³/dia.
É o maior investimento em uma única instalação industrial da empresa.
A previsão da companhia é começar a execução do projeto em 2025 e iniciar as operações do ativo no 3º trimestre de 2027.
A unidade irá processar o gás de todos os ativos operados pela PetroReconcavo na Bahia e que não estão interligados, hoje, à UTG São Roque – o primeiro investimento da empresa em infraestrutura própria de processamento.
Nova UPGN assegura expansão da produção
Segundo a PetroReconcavo, o investimento na UPGN Miranga será feito em módulos.
O ativo, segundo a companhia, será instalado em uma região estratégica que permitirá a conexão à malha de transporte. A UTG São Roque foi concebida com conexão direta à rede de distribuição da Bahiagás.
Em nota, a PetroReconcavo destacou que a nova UPGN permitirá à empresa uma maior autonomia e ganhos de produtividade, bem como assegurará capacidade disponível para o desenvolvimento de novas reservas.
“Sob a ótica do midstream, representa um marco para a companhia ao assegurar capacidade para processarmos 100% dos nossos prognósticos de produção, com a consequente atração de demanda incremental associada ao mercado de gás natural”, afirmou, em nota, o vice-presidente comercial e de novos negócios, João Vitor Moreira.
PetroReconcavo reforça posição no processamento
Este é o segundo investimento da companhia em infraestrutura de processamento.
A UTG São Roque começou a operar em agosto e processa o gás dos campos de Mata de São João, Remanso, Jacuípe e Riacho de São Pedro, na Bahia. O ativo tem capacidade de 400 mil m³/dia.
Até então, todo o gás natural da empresa era processado em plantas de terceiros – da Petrobras na Bahia e da Brava (ex-3R Petroleum) no Rio Grande do Norte.
A PetroReconcavo tenta negociar com a Brava o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento da Bacia Potiguar.
Em paralelo, avalia internamente, como alternativa à parceria, a construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Associar-se a uma eventual parceria com a Brava, contudo, é o plano A.