RIO – A PetroReconcavo assinou um acordo de parceria vinculante com a Brava Energia estabelecendo as premissas para aquisição de uma fatia de 50% na infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
O valor da transação é de US$ 65 milhões, em duas parcelas: 35% na data da assinatura dos acordos definitivos e 65% na data de fechamento.
O acordo também estabelece um compromisso de aquisição, pela Brava, de um volume de 150 mil m3/dia de gás natural da PetroReconcavo por cinco anos, a partir do segundo semestre de 2025.
Os ativos contemplados no negócio incluem:
- as Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) II e III de Guamaré (RN), com capacidade total de 3 milhões de m3/dia;
- o gasoduto que conecta as instalações da PetroReconcavo ao Ativo Industrial de Guamaré;
- e as esferas utilizadas para o armazenamento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) produzido nas UPGNs
O acordo tem exclusividade de 60 dias – nesse período as partes terão que alcançar as condições precedentes para assinatura do contrato definitivo. A PetroReconcavo informou que a previsão é que a transação seja concluída em 2025.
Brava será operadora do consórcio
A partir da assinatura do acordo, as partes negociarão o documento de compra e venda dos ativos (SPA), bem como a estrutura que regulará a parceria.
As empresas formarão um comitê operacional para gerenciar as operações conjuntas dos ativos. A Brava, no entanto, será a operadora do consórcio.
“O acordo representa a intensificação da parceria entre as empresas, o que permite a máxima utilização e otimização dos ativos envolvidos, contribuindo para o aumento da eficiência do onshore. É um avanço significativo que potencializa nossa geração conjunta de valor, criando opcionalidades e fortalecendo nossa resiliência operacional”, afirmou o CEO da PetroReconcavo, José Firmo, em nota.
A PetroReconcavo já é a maior contratante da infraestrutura de gás da Brava no Rio Grande do Norte e vinha tentando negociar o compartilhamento dos ativos com a 3R Petroleum antes mesmo da fusão com a Enauta – que originou, então, a Brava.
Em paralelo, a PetroReconcavo avaliava internamente, como alternativa à parceria, a construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Associar-se a uma eventual parceria com a Brava, contudo, sempre foi o plano A.