Armazenamento subterrâneo

ANP aprova os termos da autorização para projeto de estocagem de gás da Origem, mas liberação segue pendente

Diretoria da ANP aprovou minuta de autorização para estocagem de gás natural em Alagoas, com condicionantes para efetiva liberação do projeto

RIO e CAMPINAS — A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta quinta-feira (18/12) a minuta de autorização para o projeto de estocagem de gás natural da Origem Energia em Alagoas.

Ainda não se trata de autorização para início efetivo das operações — o que ainda depende do cumprimento de algumas pendências por parte da companhia.

O serviço, desenvolvido em parceria com a Transportadora Associada de Gás (TAG), é o primeiro projeto de armazenamento subterrâneo de gás natural do país. A atividade ainda não possui regulamentação específica no Brasil.

O diretor-geral da ANP, Artur Watt, afirmou que, embora a Origem ainda esteja liberada a iniciar a operação do ativo, a formulação da minuta de autorização dá uma sinalização relevante ao mercado, para que a empresa possa avançar nas negociações com potenciais clientes.

Origem quer iniciar atividades em 2026

A Origem tem planos de iniciar a operação comercial do projeto em 2026 e havia pedido a publicação da autorização pela agência, mesmo que ainda restassem pendências no processo. A Procuradoria Geral junto a ANP, contudo, manifestou-se contrária a liberação das atividades sem o pleno cumprimento das pendências.

A minuta de autorização traz detalhes como as disposições gerais, condições de acesso e uso das instalações, de medição e segurança operacional; separação contábil; informações das instalações autorizadas; limites operacionas autorizados; condições de extinção da autorização; de transferência da titularidade etc.

A capacidade estimada para estocagem do projeto é de 302,5 milhões de m³, sendo 50,6 milhões de m³ de gás útil — aquele volume que efetivamente será comercializado.

A Origem, segundo a ANP, terá que adquirir cerca de 30 milhões de m³, para adicionar aos volumes in situ nos reservatórios.

  • a taxa de injeção máxima do projeto é de 850 mil m³/dia;
  • e a taxa de retirada é de 500 mil m³/dia

A Origem deu entrada no pedido de autorização para a atividade de estocagem de gás em Alagoas em 2023, no mesmo ano em que a ANP aprovou o plano de desenvolvimento de Pilar.

Na ocasião, a agência prorrogou a concessão do campo até 2052, com alíquotas de royalties sobre a produção incremental reduzidas; e a aprovou a inclusão do projeto de estocagem subterrânea de gás natural no campo. A autorização para prestação do serviço, em si, corre em processo separado desde então.

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