LRCAP 2025

New Fortress entra com 2 GW de térmicas a gás no leilão de reserva 

NFE vê potencial para até dobrar de tamanho no Brasil, a depender dos resultados do certame marcado para junho

New Fortress Energy (NFE) se prepara para inicio da operação de novos terminais de GNL no Brasil, afirma Diretor-geral da NFE Brasil, Leandro Cunha (Foto: Divulgação)
Diretor-geral da New Fortress Energy (NFE) Brasil, Leandro Cunha (Foto: Divulgação)

A New Fortress Energy registrou 2 GW em projetos de térmicas a gás natural no leilão de reserva de capacidade de junho.

A companhia encara o certame como sua principal avenida de crescimento no mercado brasileiro e vê potencial para até dobrar de tamanho no país, a depender dos resultados da licitação.

Além disso, a empresa tem compromissos firmados para fornecimento de gás para projetos de terceiros da ordem de 3 GW, sobretudo a partir do terminal de regaseificação de Santa Catarina, conectado ao gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).

O Terminal Gás Sul (TGS) foi inaugurado em 2024 e construído pela New Fortress sem um grande cliente âncora.

NFE aposta em Santa Catarina

O diretor-geral da NFE Brasil, Leandro Cunha, disse que a companhia espera que a maior parte da capacidade do terminal seja contratada no leilão.

“Acreditamos que o próximo leilão de capacidade pode representar uma segunda onda de crescimento para a NFE no Brasil. O mercado está esperando um grande leilão, que contrairá mais de 10 GW de capacidade [nova e existente]”

“O que novamente eleva nossa confiança de que, após o leilão em junho, uma parte material do TGS terá contratos de longo prazo”, afirmou, em teleconferência com analistas e investidores na segunda-feira (3/3).

A New Fortress se vale da conexão do TGS à malha de gasodutos para tentar chegar a outros mercados e tem termos de compromisso para suprimento de usinas no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Paraná, por exemplo.

Além do TGS, a companhia possui mais um terminal de GNL no Brasil, em Barcarena (PA).

Isolado da malha interligada de gasodutos do país, está ancorado em dois grandes clientes regionais: a refinaria de alumina da Hydro Alunorte; e no complexo termelétrico que a NFE está construindo associado ao terminal.

São duas usinas: a termelétrica Novo Tempo (624 MW), prevista para 2025, e Portocem (1,571 GW) – contrato de reserva de capacidade adquirido pela empresa, originalmente concebido para Pecém (CE), mas que foi transferido para Barcarena e está previsto para começar a operar em 2026.

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