RIO – A MGás, do grupo J&F, fechou um acordo com a petroleira independente Oilstone Energía para importar gás natural da Argentina.
A comercializadora brasileira obteve o aval do governo argentino para trazer 500 mil m3/dia, na modalidade interruptível, até o fim de abril de 2025.
O gás virá das áreas da Oilstone na Bacia de Neuquén.
A autorização vale tanto para importação via Bolívia quanto via Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, onde a J&F, por meio da Âmbar Energia, opera a UTE Uruguaiana (600 MW), uma usina merchant (que vende energia no mercado de curto prazo e cuja operação não é contínua).
O preço da molécula foi definido em 8% do Brent até o fim do ano e em 6,5% a partir de janeiro, segundo dados apresentados no pedido de autorização para exportação.
MGás monta portfólio
É a terceira autorização obtida pela MGás junto ao governo argentino para importação de gás do país vizinho.
A comercializadora está montando um portfólio de suprimento diversificado. Já tem autorização do governo argentino também para trazer gás da da Tecpetrol, via Bolívia; e da Total Austral, via Uruguaiana.
Além disso, a J&F, por meio da Fluxus, seu braço de exploração e produção de óleo e gás, entrou no ano passado no mercado argentino.
As oportunidades de importação de gás de Vaca Muerta começam a ficar mais palpáveis. Agentes de mercado de ambos os países se movimentam para viabilizar o envio das primeiras moléculas de gás argentino ao Brasil na janela do verão.
São seis comercializadoras com autorizações do governo argentino para trazer gás do país vizinho para o Brasil:
- Edge (com gás da Tecpetrol);
- Matrix Energy (com Total Austral);
- Gas Bridge (com a Pluspetrol);
- MGás (com Tecpetrol, Total Austral e Oilstone);
- PAE (com a própria Pan American Energy);
- e Tradener (com a Pan American Energy).
A YPFB da Bolívia, por sua vez, criou uma nova linha de negócios, para fazer o trânsito internacional desse gás argentino ao Brasil. O primeiro contrato operacional internacional foi assinado recentemente.