RIO – O gerente executivo de gás e energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, afirmou ao estúdio eixos, nesta segunda (23/9), que o mercado livre de gás está em um processo “bem franco e claro” para engrenar. Ele cita movimentos de tomada de preço que os clientes vêm promovendo como forma de diversificar supridores. (Assista na íntegra acima)
Recentemente, a companhia adotou uma nova gestão de relacionamento com o cliente, com um canal digital para melhorar o relacionamento. Pela ferramenta, é possível ver o status da contratação, requisição de novos volumes, gerenciar o fornecimento, além de manifestações, reclamações e pedidos.
“A Petrobras participa oferecendo seus produtos, sendo uma das candidatas a suprir. E a gente está buscando nessa outra dimensão melhorar a experiência para os nossos clientes”, pontuou.
O gerente da Petrobras diz perceber que as regulações estaduais estão evoluindo com as determinações das faixas de consumo para os clientes migrarem para o mercado livre.
“Nós vemos que existe um potencial muito grande de consumidores que estão nas distribuidoras e podem passar a ser clientes livres”, disse.
Tupiassu acredita que há um volume potencialmente grande em atender a indústrias de médio e grande porte. Segundo ele, a visão da companhia é que, ao longo do tempo, a maioria dessas empresas acabará migrando para o mercado livre.
Questionado se a Petrobras está focada em grandes players ou pretende atender, também, o médio e pequeno consumidor, o gerente executivo da companhia ponderou que é preciso analisar caso a caso.
“Existem alguns clientes que têm uma característica mais adequada para fazer uma migração mais rápida para o mercado livre. E outros que têm uma característica que, talvez, prefiram permanecer mais tempo na distribuidora”, acrescentou.
Indústrias no mercado livre de gás
O número de indústrias presentes no mercado livre de gás natural mais que dobrou em 2024. Ao menos nove consumidores industriais estrearam no ambiente livre este ano, de acordo com levantamento da agência eixos.
Entre os casos mais recentes estão o da Suzano, no Espírito Santo, e o da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no Rio de Janeiro.
Outra importante estreia deste ano é o da refinaria de alumina da Hydro Alunorte, que passou a consumir gás importado pela New Fortress Energy no terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Barcarena.