Mercado de gás

KPS se prepara para LRCAP e leilão de baterias de 2026

Empresa turca está desenvolvendo um projeto de baterias no Amapá

Justiça intima KPS para interromper instalação de térmicas em Sepetiba. Na imagem, usina térmica flutuante Irem Sultan da KPS, em Istambul, na Turquia (Foto: KPS/Divulgação)
Usina térmica flutuante Irem Sultan da KPS, em Istambul, na Turquia (Foto: KPS/Divulgação)

RIO — A Karpowership (KPS) se prepara para entrar no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), em março de 2026, com 2 GW em projetos de termelétricas e quer participar também no leilão de sistemas de armazenamento em baterias, previsto para abril.

O diretor de Relações Governamentais e Institucionais da KPS, Victor Gomes, conta que a empresa turca está desenvolvendo um projeto de baterias no Amapá.

A ideia, segundo ele, é aproveitar a infraestrutura (como a subestação e terreno livre) da UTE Santana (116 MW) — termelétrica a óleo diesel adquirida da Eletrobras.

“Estamos olhando para baterias no mundo todo. Recebemos bem [consulta pública sobre o leilão no Brasil] e estamos desenvolvendo projeto”, afirmou o executivo, nesta quinta-feira (13/11) em encontro com jornalistas no Rio de Janeiro.

Se bem sucedida no leilão, o Brasil pode marcar a estreia global da KPS no segmento de armazenamento de energia.

2 GW de térmicasno leilão

O presidente da KPS no Brasil, Gilberto Bueno, conta que a “estratégia clara” de crescimento da KPS no Brasil é via leilão – embora a empresa não esteja fechada a oportunidades de aquisição.

Para o LRCAP de março de 2026, a companhia trabalha com uma carteira de 2 GW, composta tanto por usinas existentes quanto projetos greenfield.

A KPS tem 560 MW instalados no Brasil. São as térmicas flutuantes a gás natural liquefeito (GNL) — os chamados powerships — contratadas no leilão emergencial (PCS) de 2021.

A empresa quer renegociar esses ativos, cujos  contratos no PCS vencem em maio de 2026. Podem entrar nos produtos de térmicas existentes do LRCAP, com contratos a partir de 2026 e 2027.

A empresa também avalia alocar no Brasil powerships do portifólio global — sejam usinas existentes com contratos por vencer, sejam usinas em construção.

A KPS espera chegar entre 2027 e 2028 com um portfólio global de 10 GW.

Bueno cita, no entanto, que a companhia estuda entrar no leilão não só com as powerships, mas também térmicas convencionais.

Ele preferiu não dar detalhes sobre a intenção ou não de conectar as térmicas da companhia à malha de gasodutos de transporte — o LRCAP terá produtos específicos para térmicas conectadas no sistema de transporte de gás.

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