RIO – A Gerdau recebeu este mês autorização da Agergs, a agência reguladora do Rio Grande do Sul, para avançar com seus planos de migração para o mercado livre de gás natural. É a primeira empresa a solicitar a migração no estado.
A companhia siderúrgica opera no ambiente livre desde 2021. Começou testando a modalidade de contratação na unidade de Ouro Branco, em Minas Gerais e, mais recentemente, fechou contrato com a Petrobras, para suprimento da Cosigua, usina localizada no Rio de Janeiro.
A petroleira é a principal fornecedora de gás da Gerdau – que também recorreu, nos últimos anos, a contratos de curto prazo com a Shell.
A siderúrgica não informou, no processo, o nome do potencial supridor de suas plantas no Rio Grande do Sul. A empresa possui, hoje, contratos de fornecimento com a distribuidora local, a Sulgás, para suprimento da Usina Riograndense, em Sapucaia do Sul, e da Usina Charqueadas, em Charqueadas.
Gerdau e Sulgás negociam condições
A Gerdau notificou a Agergs sobre a intenção de migrar para o mercado livre e foi liberada, este mês, a negociar as condições com a Sulgás.
A siderúrgica deverá ser mantida no mercado cativo na hipótese de atraso na migração.
Como a agência reguladora gaúcha ainda não publicou o modelo do CUSD (o contrato entre usuários livres e a distribuidora estadual pelo uso da rede), a siderúrgica pediu para que a concessionária seja remunerada pela Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) prevista no atual contrato no mercado cativo. O pleito foi acatado.
A Agergs determinou, contudo, que a minuta de contrato a ser firmado entre as partes seja previamente aprovada pelo regulador estadual – e que conste no acordo, de forma expressa, a previsão de que o CUSD será substituído pelo contrato com cláusulas padronizadas a ser aprovado pela agência no futuro.