Mercado livre

Gerdau assina contrato com Petrobras e se torna 1ª cliente do mercado livre de gás no Rio Grande do Sul

Com a migração de Charqueadas e Riograndense, siderúrgica passa a ter quatro unidades industriais no ambiente livre

Siderúrgica Gerdau [na imagem] fecha contrato com Petrobras e inaugura mercado livre de gás no RS
Gerdau é uma das pioneiras do mercado livre de gás natural | Foto Divulgação

RIO – A Gerdau assinou um contrato com a Petrobras no mercado livre de gás natural, para abastecimento da unidade de aços especiais em Charqueadas e a planta de produção de aços longos de Sapucaia do Sul (Riograndense).

O acordo marca a primeira migração de um cliente industrial para o mercado livre no Rio Grande do Sul.

A Agergs, a agência reguladora estadual, já havia dado o aval para a migração em julho. A companhia siderúrgica assinou um contrato com a Sulgás, a concessionária gaúcha de gás canalizado, para movimentação do gás na rede de distribuição.

Em nota, a Gerdau informou que a migração fortalece a competitividade das operações do grupo – que, com o novo acordo, passa a ter quatro unidades de produção no mercado livre de gás. 

A Gerdau é uma das pioneiras nessa modalidade, ao lado da Unigel. A companhia siderúrgica opera no ambiente livre desde 2021. 

Começou testando a modalidade de contratação na unidade de Ouro Branco, em Minas Gerais e, mais recentemente, fechou contrato com a Petrobras, para suprimento da Cosigua, usina localizada no Rio de Janeiro.

Nos próximos anos, segundo a empresa, há possibilidades de migração de outras unidades industriais da Gerdau para o mercado livre.

A Petrobras é a principal fornecedora de gás da Gerdau – que também recorreu, nos últimos anos, a contratos de curto prazo com a Shell.

Além da relação comercial no mercado livre de gás, Gerdau e Petrobras estudam parcerias em descarbonização – o que inclui a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos e captura e armazenamento de carbono (CCS). 

Petrobras inicia operações de nova UPGN

A estatal também informou que começou a operar comercialmente, no domingo (10/11), a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ).

O primeiro módulo da UPGN tem capacidade de processar 10,5 milhões de m³/dia. Com a partida do segundo módulo, prevista para até o fim deste ano, a capacidade total de processamento será de 21 milhões de m³/dia.

A unidade processará, sobretudo, o gás natural do pré-sal, escoado pelo gasoduto Rota 3.