A Eneva iniciou a operação comercial do primeiro trem de sua planta de liquefação no Maranhão. Com isso, a companhia começa a rodar o seu projeto de distribuição de gás natural liquefeito (GNL) small-scale (em pequena escala).
A empresa informou nesta quarta (18/12) que o segundo trem está em fase de comissionamento e que a expectativa é começar sua operação comercial nas próximas semanas.
A planta de liquefação terá capacidade para entregar 600 mil m³/dia de gás natural.
A unidade foi construída nas adjacências da Unidade de Tratamento de Gás do Complexo Parnaíba, no município de Santo Antônio dos Lopes (MA), e será suprida pelo gás produzido pela Eneva nas concessões da Bacia do Parnaíba.
O projeto foi ancorado na demanda da Vale e da Suzano, no Maranhão. A Eneva também fechou um contrato com a Copergás que prevê a entrega do GNL no Agreste e no Sertão de Pernambuco.
A Eneva informou que seguirá buscando adicionar novos contratos, avaliando continuamente investimentos de expansão para fazer frente ao desenvolvimento do mercado de GNL small-scale.
GNL small-scale começa a ganhar tração
A distribuição de GNL em pequena escala é um negócio em crescimento no país.
A GásLocal foi a única distribuidora de GNL via carretas no mercado brasileiro até o início desta década – quando a New Fortress, que havia comprado os ativos da Golar Power no Brasil, começou a atuar no setor. Posteriormente, a NFE desistiu do negócio.
A partir deste ano, contudo, novos projetos começaram a sair do papel.
Em novembro, foi a vez da GNLink começar a operar sua primeira planta de liquefação, no Paraná. A companhia tem mais dois projetos em execução, um na Bahia e outro no Rio Grande do Norte, e espera atingir uma capacidade produtiva total de 264 mil m3/dia ao fim de 2025.
Além da GNLink e Eneva, a Edge também tem planos de atuar no setor. A comercializadora espera começar a operar, no quarto trimestre de 2025, o seu novo negócio de distribuição de GNL em pequena escala.
A Edge, porém, não pretende construir uma planta de liquefação. O GNL será descarregado diretamente do FSRU [navio regaseificador], no Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) nas carretas de abastecimento do gás liquefeito.