gas week 2025

Edge vê mercado livre de gás alcançando patamar de 15 milhões de m3/dia ainda em 2025

Volume representa mais da metade do consumo industrial de gás do país

RIO e BRASÍLIA — Estimativas da Edge para o mercado livre de gás apontam para um patamar de até 15 milhões de metros cúbicos por dia até o fim de 2025 — frente aos atuais 9 milhões, excluindo térmicas, afirmou nesta terça (8/4) o CEO da comercializadora, Demétrio Magalhães. Assista a entrevista na íntegra acima.

O volume representa mais da metade do consumo industrial no mercado de gás brasileiro, que em 2023 foi de 28,4 milhões de metros cúbicos por dia, de acordo com a Abegás — Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado.

“Vemos hoje uma demanda por migração. Tem reguladores estaduais em níveis diferentes de maturidade, tem reguladores que avançaram muito bem nas suas regulações, propiciando o ambiente para a migração do mercado livre. Tem muita coisa ainda a ser feita, mas a gente está bem confiante que ele vai continuar andando”.

Em entrevista ao estúdio eixos, durante a gas week 2025, o executivo destacou o papel da flexibilidade e da segurança como diferenciais no mercado. 

“O cliente, além de preço, também busca outros elementos. Ele busca flexibilidade”, explicou, citando a capacidade de regaseificação de 14 milhões de metros cúbicos por dia e os 100 milhões de metros cúbicos de capacidade de armazenagem do terminal TRSP, operado pela empresa

“Uma redução de penalidade é competitividade na veia para o cliente”, reforçou. 

Expansão do portfólio

Desde que iniciou suas operações no mercado livre de gás em junho de 2024, a Edge vem ampliando sua presença e atuação.

 “A Edge nasceu com o propósito de desenvolver o mercado livre. […] Mais que uma comercializadora, com nossos ativos estratégicos a gente participa da cadeia do gás e tenta ser um ator protagonista do mercado de gás”, disse o CEO.

A empresa começou com seis clientes no setor cerâmico de São Paulo e hoje está presente em seis estados e sete setores da economia — incluindo cerâmica, vidro, petroquímica, celulose e mobilidade.

A Edge também vem atuando na diversificação de sua oferta de gás. A empresa já possui um contrato de importação de gás da Bolívia, com a YPFB , e firmou três contratos interruptíveis com fornecedores da Argentina — país que, segundo o executivo, “já é uma realidade” para a companhia.

“A gente precisa ter competitividade do gás. Quando a gente cria esse sistema de soluções, obviamente, a gente quer trazer para o cliente melhor competitividade, melhor flexibilidade”, afirmou. 

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