Corrida aberta

Edge, MGás e Tradener fecham novos acordos para importar gás argentino

Agentes de ambos os países travam corrida para viabilizar importação de primeiras moléculas de gás argentino no verão

TotalEnergies recebe autorização para exportar gás de Vaca Muerta ao Brasil (Foto: Divulgação)
TotalEnergies recebe autorização para exportar gás de Vaca Muerta ao Brasil (Foto: Divulgação)

As comercializadoras Edge, MGás (da J&F) e Tradener fecharam novos acordos de suprimento com produtores argentinos para importação de gás natural do país vizinho.

Agentes de mercado de ambos os países travam uma corrida e se movimentam para viabilizar o envio das primeiras moléculas de gás argentino ao Brasil na janela do verão.

Matrix Energy (com Total Austral); Gas Bridge (com a Pluspetrol); e PAE (com a própria Pan American Energy) também tentam viabilizar as primeiras importações este ano.

Comercializadoras montam portfólio

Edge, MGás e Tradener já têm autorizações para trazer gás da Argentina, mas estão ampliando os seus portfólios junto aos fornecedores locais.

A Tradener, que já tinha acordo com a Pan American Energy, assinou também com a Tecpetrol e Pampa Energía.

A Edge, que já tinha autorização para importar gás da Tecpetrol, fechou um novo contrato com a produtora argentina e também dois acordos com a Total Austral, braço de exploração e produção de óleo e gás da francesa TotalEnergies na Argentina.

A MGás fechou um novo acordo com a Tecpetrol, mas dessa vez para importação via Rio Grande do Sul, para abastecimento da UTE Uruguaiana, da Âmbar Energia, do mesmo grupo J&F.

A comercializadora já tinha contratos também com a Total Austral (via Uruguaiana) e a Oilstone Energía (via Bolívia).

Veja abaixo as condições dos novos acordos:

MGás – Tecpetrol

  • Volume: até 1,5 milhão de m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com o Brasil: US$ 8,2 o milhão de BTU (Brent a US$ 80)
  • Origem do gás: Fortin de Piedra, em Vaca Muerta 

Edge – Total Austral 

  • Volume: até 1 milhão de m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com a Bolívia: US$ 9 o milhão de BTU
  • Origem: Bacia Austral, na Tierra del Fuego

Edge – Total Austral

  • Volume: até 1 milhão de m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com a Bolívia: US$ 7,4 o milhão de BTU
  • Origem: Bacia de Neuquén

Edge – Tecpetrol

  • Volume: até 500 mil m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com a Bolívia: US$ 7,1 o milhão de BTU (Brent a US$ 80)
  • Origem: Bacia Noroeste

Tradener – Pampa Energía 

  • Volume: até 1 milhão de m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com a Bolívia: US$ 8,14 o milhão de BTU (Brent a US$ 73)
  • Origem: Bacia Neuquén

Tradener – Tecpetrol

  • Volume: até 500 mil m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com a Bolívia: US$ 7,1 o milhão de BTU (Brent a US$ 80)
  • Origem: Bacia Noroeste

Tradener – Tecpetrol

  • Volume: até 1 milhão de m3/dia interruptíveis
  • Preço na fronteira com a Bolívia: US$ 7,5 o milhão de BTU (Brent a US$ 80)
  • Origem: Fortín de Piedra, em Vaca Muerta

Os dados constam nos pedidos de autorização de importação apresentados pelas companhias ao governo argentino.

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