Ao menos quatro distribuidoras de gás natural já assinaram com a Petrobras um aditivo ao contrato de suprimento de gás, para aderir ao prêmio de incentivo à demanda previsto na nova política de preços da estatal.
A lista inclui CEG e CEG Rio, as primeiras a atualizarem seus contratos, além da Copergás (PE) e Cegás (CE), de acordo com levantamento da agência eixos com base em dados preliminares da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A expectativa é que haja, assim, uma redução no custo de aquisição de gás por essas concessionárias – a ser repassada nas tarifas de gás canalizado desses estados.
No Rio, por exemplo, as tarifas vão cair até 4% a partir de fevereiro, no primeiro ajuste desde que as distribuidoras CEG e CEG Rio aderiram ao prêmio de incentivo à demanda.
A nova posição comercial da petroleira contempla um mix de precificação que varia conforme o volume retirado – e que, na média, deve puxar o fator Brent (percentual do preço do petróleo ao qual o gás é indexado) para mais próximo de 11%.
A regra pode ser resumida da seguinte forma:
- para 60% da quantidade diária contratada (QDC), o cliente paga o preço base (que pode variar contrato a contrato);
- para 60% a 90% da QDC, a distribuidora paga 11% do Brent;
- e para 90% a 115% da QDC, cerca de 10% do Brent.
No caso da Cegás, além da redução do preço, as partes negociaram, como contrapartida, a ampliação dos volumes contratados, em 51 mil m3/dia entre 2032-2034.