RIO – Angélica Laureano tomou posse nesta segunda (30/12) como nova presidente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). Ela substitui Erik Breyer, no cargo desde janeiro de 2023.
Gustavo Passos Elias tomou posse como diretor técnico; e Henrique Trinckquel Filho (diretor financeiro) e Jorge Hijjar (diretor comercial) foram reconduzidos aos seus postos.
Os mandatos são de dois anos, com encerramento em 30 de dezembro de 2026.
A TBG é controlada pela Petrobras (51%), em sociedade com a YPFB Transporte do Brasil (19,88%) e a Fluxys (29,12%) – que detém participação na TBG por meio da BBPP Holdings e Corumbá Holding.
Quem é a nova CEO da TBG?
Angélica Laureano é engenheira metalúrgica formada pela PUC-Rio e tem MBA em Economia e Gestão Empresarial pela Coppead/UFRJ.
Tem 44 anos de experiência profissional, dos quais 21 dedicados à gestão em áreas estratégicas da Petrobras.
No setor de gás natural, acumula experiências como conselheira de administração da TBG por quatro anos (2012-2016), além de ter presidido a Gaspetro (2015-2017) e integrado o Conselho de Administração da GasBrasiliano por seis anos (2012-2018).
Os desafios da nova gestão
Um dos desafios imediatos da nova gestão da TBG será chegar a uma solução com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o aumento inesperado das tarifas de transporte do Gasbol para 2025.
A diretoria da ANP orientou sua área técnica a apurar eventual infração administrativa e eventuais indícios de prática anticompetitiva da TBG no processo de oferta de capacidade para 2025-2029.
A Superintendência de Infraestrutura e Movimentação (SIM) deverá se aprofundar sobre a metodologia usada pela transportadora na projeção de demanda – que ficou descolada da demanda efetivamente requisitada pelos usuários, resultando num aumento inesperado das tarifas em relação ao cenário de referência.
Em nota, Angélica Laureano afirmou que o grande desafio da empresa será executar o seu plano de crescimento.
No curto prazo, segundo ela, o foco será realizar os investimentos de Classe de Locação (necessidade de alterações no sistema de transporte que garantam a segurança no entorno do gasoduto em função do avanço demográfico) e da nova Estação de Compressão (Ecomp) do Sul – além de reavaliar os novos investimentos de ampliação, seja do trecho Sul ou para Minas Gerais.
“Outro tema que devemos explorar é o da transição energética. O gás natural continua sendo a alternativa de substituição de outros combustíveis, mas não podemos deixar passar oportunidades de investimentos em transporte de biometano produzido no entorno do gasoduto e que tenham potencial de escalabilidade”, destacou.
A ideia da TBG é se posicionar como um agregador de biometano a partir da criação de hubs que ajudem a viabilizar a conexão de produtores que, isoladamente, não teriam escala suficiente para se conectarem ao transporte.