Gás Natural

Fim da paridade de preços da Petrobras é excelente sinal para distribuidoras de gás, diz Luiz Gavazza

Diretor-presidente da Bahiagás diz que setor reivindica que os novos critérios de precificação também sejam adotados no gás natural

Luiz Gavazza, diretor-presidente da Bahiagás, conversa ao vivo com o estudio epbr durante a Bahia Oil & Gas Energy.
Luiz Gavazza, diretor-presidente da Bahiagás, conversa ao vivo com o estudio epbr durante a Bahia Oil & Gas Energy.

SALVADOR — O fim da paridade de preços da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobras é um excelente sinal para distribuidoras, disse nesta quinta-feira (25) Luiz Gavazza, diretor-presidente da Bahiagás

Em entrevista ao estudio epbr durante a Bahia Oil & Gas Energy, ele defendeu que a estatal adote a mesma lógica para o gás natural e passe a considerar critérios internos, como custos de produção, operação e investimentos.

Gavazza ressaltou que essa mudança de postura da estatal é muito positiva, já que a empresa é a maior fornecedora de gás do Brasil e seus preços são referência para outros supridores.

“Nós vimos essas medidas da Petrobras como medidas positivas. Nós reivindicamos que sejam aplicadas também às políticas comerciais para o gás natural. E que também isto seja referência para a Petrobras —mandamos uma carta pra Petrobras nesse sentido — de que observemos as condições de competitividade”, disse o diretor-presidente da Bahiagás.

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Sobre o Gás para Empregar, ele afirmou que é necessário, pois o país precisa investir na infraestrutura para aumentar a oferta de gás.
“Nós precisamos aumentar a oferta de gás. É fato. Nós hoje consumimos 58 milhões de metros cúbicos dia em números redondos, mas reinjetamos 60 milhões. E chegamos a importar de GNL mais do que os 60 milhões. Quer dizer é um contrassenso. Então nós precisamos resolver a oferta de gás aumentando a infraestrutura de produção, mas principalmente hoje de processamento e escoamento. É pra colocar o gás à disposição das transportadoras e consequentemente a partir daí com a distribuição, a disposição do mercado.”

Importância dos independentes

Gavazza afirmou que o investimento dos produtores independentes foi fundamental para o desenvolvimento do mercado baiano. E que a política de monetizar o gás desses produtores, adotada nos últimos anos pelos diferentes governos e a empresa, deu certo.

“A gente foi evoluindo, hoje nós temos 10 supridores, nós temos 13 contratos, porque temos com alguns supridores contratos interruptíveis e estamos concluindo análises comerciais após termos concluído a chamada pública pra aquisição de biometano.”

“A gente foi apostando nesse negócio nunca descuidamos, nunca deixamos apostar no onshore.”