Doze empresas, algumas do mesmo grupo empresarial, foram pré-qualificadas para disputar o arrendamento do terminal de GNL da Bahia, de acordo com a convocação dos pré-qualificados, publicada pela Petrobras nesta segunda (3). A abertura das propostas está prevista para 30 de setembro.
Petrobras vai arrendar o terminal até dezembro de 2023, sem previsão de prorrogação.
A Trafigura, comercializadora multinacional de commodities e energia, teve a sua inscrição negada pela Petrobras, que classificou a empresa com “GRI Alto” – Global Reporting Initiative, indicador de risco de integridade de fornecedores.
“Com todas as vênias, a Trafigura é uma companhia multinacional e atendendo as diversas normas mundiais, tais como ‘UK Bribery Act’, mantém programas internos e de compliance rigorosos, com objetivo de sanar desvios, fraudes, irregularidades ou atos ilícitos contra a administração pública que, por eventualidade, sejam cometidos por seus integrantes”, afirmou a companhia no recurso, que não foi acatado pela Petrobras.
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Estão na disputa petroleiras, empresas do setor de GNL, comercializadoras e distribuidoras de gás natural e empresas de energia. Em alguns casos, como da Shell e da BG e da Golar Power, empresas do mesmo grupo foram inscritas. Além da Shell, as petroleiras BP, Total e a Repsol, por meio da Repsol LNG Holding participam da concorrência.
As brasileiras Eneva, Bahiagás, Compass (grupo Cosan) e Gás Natural do Brasil também foram pré-qualificadas. Com foco em logística, comercialização e transporte de GNL, disputam a Golar Power e a Excelerate Energy.
Veja a lista
- Golar Power Latam Serviços Marítimos Ltda
- Golar Power Comercializadora de Gás Natural Ltda
- Shell Brasil Petróleo Ltda
- BG do Brasil Ltda
- Gás Natural do Brasil S.A
- Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás)
- Repsol LNG Holding S.A.
- BP Energy do Brasil Ltda.
- Compass Gás e Energia S.A.
- Total Gás & Eletricidade do Brasil Ltda.
- Eneva S.A.
- Excelerate Energy L.P.
TR-BA tem capacidade para 20 milhões de m³/dia
Iniciado em dezembro de 2019, o arrendamento do Terminal de GNL da Bahia faz parte do acordo firmado com o Cade (o TCC) que prevê a saída da Petrobras de diversos elos do mercado de gás, como transporte e distribuição.
O Terminal da Bahia (TR-BA) pode regaseificar até 20 milhões de m³/dia de GNL. Consiste em um píer tipo ilha equipado para a atracação de um FRSU (Floating Storage and Regasification Unit), que é a unidade flutuante de regaseificação, e um navio supridor do qual é feita a transferência do GNL – o FSRU não faz parte do processo de arrendamento do TR-BA e uma unidade precisará ser afretada pelo novo operador.
O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão, o, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega: a Estação Redutora de Pressão de São Francisco do Conde (ERP SFC) e a Estação de Controle de Vazão de São Sebastião do Passé (ECV SSP).
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