A Cosan apresentou proposta para comprar a participação de 51% da Gaspetro, subsidiária da Petrobras, que atua no mercado de distribuição de gás natural. A oferta será feira por meio da Compass, empresa criada pela Cosan para concentrar investimentos no mercado de gás e geração de energia, informou a empresa nesta segunda (26).
A Gaspetro detém participações em 19 distribuidoras de gás, que exploram com exclusividade os serviços locais de distribuição de gás canalizado em diversos estados do Brasil, destacou a Cosan. A Mitsui é sócia da Petrobras, com 49% da Gaspetro.
A Cosan também controla a Comgás, maior distribuidora do país que têm uma das concessões estaduais em São Paulo.
“As operações e investimentos da Compass Gás & Energia criarão uma combinação única de ativos e talentos, sólida geração de caixa e alto potencial de crescimento e geração de valor. Por meio da Comgás, maior distribuidora de gás do país, temos mais de 18 mil km de rede instalada e 2,0 milhões de clientes nos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e outros”, informa a Compass.
A venda de 51% da Gaspetro está prevista no acordo firmado em 2019 entre a Petrobras e o Cade, em que a companhia se comprometeu a deixar o mercado de distribuição de gás natural, além do segmento de transporte e outras medidas para permitir a entrada de novos agentes.
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Compass prevê expansão da infraestrutura em SP
Em setembro, a Compass retirou o pedido de registro de uma oferta pública de ações (IPO) na CVM “tendo em vista a deterioração das condições de mercado”.
A Compass está desenvolvendo dois projetos para elevar a oferta de gás natural, com foco inicialmente em São Paulo: o Rota 4, para escoar a produção nacional do pré-sal e um terminal de GNL no Porto de Santos.
O Terminal de Regaseificação de São Paulo, com capacidade de regaseificação de 14 milhões de m³/dia tem investimento total estimado em R$ 670 milhões. O início da operação é previsto para 2022.
“Temos o interesse em manter uma participação majoritária no ativo e iremos financiá-lo parte com capital próprio e parte com capital de terceiros”, diz a empresa.
No Rota 4, a empresa pretende ser sócia minoritária do gasoduto. A ideia é construir um gasoduto de 21 milhões de m³/dia, com extensão de 267 km e um investimento aproximado de US$ 2 bilhões, a partir de 2024, com entrada em operação em 2027, incluindo uma unidade de processamento (UPGN).
“(…) Acreditamos que o projeto será remunerado pelo escoamento e pelo processamento do gás natural, por um provável modelo de tolling [venda do serviço de transporte e processamento], firmando contratos com produtores, comercializadoras ou distribuidoras de gás”, explica a empresa.
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