A Compass assinou um contrato com a São Martinho para comprar o biometano a ser produzido na primeira planta do tipo do grupo sucroalcooleiro, na usina de Santa Cruz, em Américo Brasiliense, no interior de São Paulo.
O gás renovável será produzido a partir da biodigestão da vinhaça, um subproduto da produção de etanol.
O contrato tem um prazo inicial de cinco anos (renováveis por mais cinco anos, a partir de condições já previamente estabelecidas), com início de fornecimento previsto para o segundo semestre de 2025.
A produção estimada pelo Grupo São Martinho é de 63 mil m3/dia durante o período de moagem.
Em comunicado ao mercado, a Compass anunciou nesta segunda (6/11) que acordo potencializa o crescimento do segmento de Marketing & Serviços – área de negócios que reúne a comercialização de gás natural e biometano, a operação do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) e a distribuição de gás natural liquefeito (GNL) em pequena escala.
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A eficácia do contrato está condicionada ao implemento de determinadas condições nele previstas, informaram as empresas, sem maiores detalhes.
Este é o segundo passo da Compass no segmento de biometano. A empresa fechou, em agosto, uma joint venture com a Orizon, para colocar de pé projeto com capacidade inicial para 180 mil m3/dia a partir de 2025 em Paulínia (SP).
O acordo com o grupo São Martinho foi divulgado após a Compass anunciar, na sexta (3/11), a conclusão da emissão de R$ 1,7 bilhão de debêntures vinculadas a metas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). É a primeira emissão do tipo no mercado de óleo e gás da América Latina.
Dentre os compromissos assumidos pela empresa está distribuir 250 mil m3/dia de biometano até 2027; e 500 mil m3/dia até 2030.