LYON (FR) — Duas usinas de biogás vão transformar resíduos sólidos urbanos de aterros sanitários em energia elétrica em Campina Grande e Guarabira (PB) para comercialização no modelo de geração distribuída (GD).
O projeto é uma parceria entre a Asja, empresa de desenvolvimento de projetos de energias renováveis; a Migratio Bioenergia, de análise de viabilidade de projetos de produção de biogás, biometano e hidrogênio verde; a Ecosolo, de gestão de resíduos sólidos; e a CMU Energia, que comercializará a energia gerada.
As empresas investiram R$ 40 milhões e afirmam ter contratos com mais de 600 clientes para fornecimento da energia. A usina de Guarabira entrará em operação neste mês. Não há previsão de início de funcionamento para a de Campina Grande.
Cada uma terá potência instalada de 2,5 megawatts (MW) e potencial de geração de 42 GWh/ano, o suficiente para atender até 20 mil casas. Elas processarão, juntas, 1,2 toneladas de resíduos por dia.
“Já operamos usinas de biogás em outros estados, e esta será a primeira na Paraíba a fornecer energia elétrica para as casas dos paraibanos. Esse avanço representa mais um passo importante para ampliar a matriz energética do estado, tornando-a mais renovável e mais acessível”, afirmou o diretor da Asja Brasil, Rickard Schafer.
De acordo com as empresas, com a entrada em operação das usinas, será evitada uma emissão anual equivalente a 160 mil toneladas de gás carbônico. O projeto prevê, ainda, a comercialização de créditos de carbono, com a meta de emissão de 91 mil títulos por ano em Campina Grande e 69 mil créditos em Guarabira.