Descarbonização da frota

Marquise Ambiental expande frota de caminhões a biometano para coleta de resíduos

Empresa investiu R$ 25 milhões para a compra de 18 caminhões para descarbonização das operações

Marquise já utiliza caminhões a biometano nas coletas de Fortaleza (CE) e Osasco (SP) (Foto: Marquise Ambiental)
Marquise já utiliza caminhões a biometano nas coletas de Fortaleza (CE) e Osasco (SP) (Foto: Marquise Ambiental)

LYON (FR) — A Marquise Ambiental recebeu, nesta quarta-feira (18/6), um lote de caminhões de coleta de resíduos movidos a biometano, fornecido pela Scania

O lote faz parte de um programa da empresa de renovação da frota com foco na descarbonização das operações. A Marquise investiu R$ 25 milhões para a compra de 18 caminhões, que estão sendo entregues pela montadora em etapas. 

A empresa já utiliza veículos do tipo nas coletas de Fortaleza (CE) e Osasco (SP).

“Investimos na ampliação do uso de veículos movidos a biometano e em novos projetos para atuar em localidades onde, no futuro, poderemos desenvolver um ciclo completo – coletar os resíduos, gerar o biogás, produzir o biometano e abastecer nossas operações com combustível renovável –, agregando valor à cadeia produtiva de resíduos sólidos”, explica o diretor de operações da Marquise Ambiental, Paulo Studart.

De acordo com o gerente de Vendas de Soluções de Transporte da Scania Brasil, Fernando Madrid, a Scania já vendeu mais de 1,5 mil caminhões movidos a gás natural comprimido e/ou biometano no país desde 2019.

Scania cobra infraestrutura de abastecimento

A Lei do Combustível do Futuro (Lei 14.993/2024) tem o objetivo de promover a mobilidade sustentável de baixo carbono. Ela prevê, dentre outros mandatos, o do biometano. 

Entretanto, segundo o diretor da Scania, Gustavo Bonini, faltam políticas públicas no Brasil que incentivem a construção de uma infraestrutura de abastecimento de biometano para caminhões.

De acordo com o diretor, a criação dos corredores a gás passa pela atuação conjunta das três esferas de governo (federal, estadual e municipal).

“Quando a gente fala da descarbonização, da mudança climática, da transição energética, e agora falando do uso do gás em caminhões, são as três esferas que precisam atuar alinhadas”.

Segundo o diretor, há, ainda, o desafio da interligação na política de descarbonização dos veículos pesados no Brasil.

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