Transição do agro

GeoMit e CMAA fecham acordo para projeto de biometano a partir de resíduos de cana

Objetivo é fornecer gás natural de baixo carbono para as indústrias locais e o setor de transportes

Vista de planta da Geo bio gas&carbon, em Tamboara/PR (Foto Divulgação)
Planta da Geo bio gas&carbon, em Tamboara/PR (Foto Divulgação)

LYON (FR) — A GeoMit e a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para desenvolvimento conjunto de projetos de biogás e biometano a partir de resíduos da cana-de-açúcar.

A iniciativa começará no Projeto Vale do Tijuco, em Minas Gerais. O objetivo é fornecer gás de baixo carbono para as indústrias locais e o setor de transportes.

A GeoMit foi criada no ano passado, a partir de uma joint venture entre a Mitsui Gás e Energia do Brasil e a Geo bio gas&carbon (grupo Geo Biogás), e busca parcerias com produtores de biomassa para produção de biometano.

O projeto valorizará resíduos orgânicos, como vinhaça, torta de filtro e bagaço, e os transformará em energia limpa através de um processo de digestão anaeróbia.

Segundo as empresas, o biometano resultante diversificará a matriz energética de Minas Gerais e ajudará a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

“[O memorando] representa um compromisso conjunto com a promoção da economia circular, a geração de empregos locais e a ampliação das soluções de gás renovável nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil”, afirmam em nota.

O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aponta que o biogás do setor sucroenergético tem potencial de 2,1 gigawatts (GW) médios de geração de eletricidade até 2032. Além disso, a produção de biogás pode alcançar 34,9 bilhões de metros cúbicos (m3) e a de biometano 19,2 bilhões de m3 no período.

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